Lavrov afirmou que Ocidente tenta impedir mudanças no Conselho de Segurança da ONUAFP
No G20, chanceler da Rússia reitera apoio para a Índia e o Brasil no Conselho de Segurança da ONU
Para Sergey Lavrov, mudanças econômicas e políticas das últimas décadas requerem uma nova formação para o colegiado
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, reiterou que o país apoia Brasil e Índia como membros permanentes do Conselho de Segurança e defendeu a expansão da estrutura, mas disse que potências ocidentais querem "erodir" o processo, ainda que sinalizem apoio no documento final.
"Há países que rechaçam que outros países, com outra postura, se unam ao número de membros permanentes [do Conselho]. Nós [Rússia] apoiamos Índia e Brasil, que anunciaram o desejo de se apresentar com membros plenos do Conselho de Segurança", disse o ministro russo, citando em sequência o direito de representação dos países africanos. "O Ocidente quer erodir este processo, ainda que tenha dito que tem de ampliar. Os Estados Unidos anunciaram que apoiam Índia, Alemanha e Japão. Mas Alemanha e Japão não trazem valor adicional ao Conselho de Segurança. Simplesmente vão repetir tudo o que dizem os EUA", continuou Lavrov.
Na sequência, ele também citou a reforma da governança de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, a qual, disse ele, os EUA demonstrariam contrariedade.
"O mundo mudou nas últimas décadas, adquiriu uma nova cara. O Brics está no centro da economia mundial e o G7 perde suas posições, dado que os Brics crescem 4% (ao ano) atualmente e, o G7, só cresce 2%", disse Lavrov.
Na citação ao Brics, o chanceler russo afirmou que o grupo alcançou uma posição em que pode criar seus próprios mecanismos independente do Ocidente, citando sistemas de pagamentos, investimentos e mercados financeiros.
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