Atropelamento no mercado natalino deixou cinco pessoas mortas e mais de 200 feridasX (antigo Twitter)/Reprodução
A investigação está em curso, mas "ao que parece, o pano de fundo do crime (...) pode ser a insatisfação com a forma como os refugiados sauditas são tratados na Alemanha", afirmou o promotor Horst Walter Nopens ao ser questionado sobre as motivações do ataque de sexta-feira que deixou cinco mortos e mais de 200 feridos.
O suspeito havia denunciado em agosto em sua conta na rede social X "os crimes cometidos pela Alemanha contra os refugiados sauditas e a obstrução da justiça, pouco importa a quantidade de evidências que apresentemos" nos processos de pedido de asilo.
O promotor informou que o suposto autor do atentado permanecerá em prisão preventiva.
A tragédia aconteceu na sexta-feira, 20, por volta das 19h locais (15h de Brasília), quando um automóvel BMW invadiu o mercado de Natal, atropelando a multidão ao longo de quase 400 metros.
O suspeito do ataque é um "islamofóbico", afirmou neste sábado a ministra alemã do Interior, Nancy Faeser.
Segundo a imprensa alemã, o suposto autor do atentado militou pelos direitos das mulheres sauditas, se descreveu como "ateu" e defendeu nas redes sociais ideias de extrema direita próximas às do partido Alternativa para a Alemanha (AfD).
"É importante que permaneçamos unidos como país e que conversemos entre nós", declarou o chefe de Governo, Olaf Scholz, que prometeu atuar "contra aqueles que querem semear o ódio".
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