Trump prometeu intensificar o combate aos cartéis mexicanosAFP
"Designarei os cartéis como organizações terroristas estrangeiras. Vamos fazê-lo imediatamente", afirmou o futuro chefe da Casa Branca em um comício em Phoenix, Arizona.
Com esta declaração, Trump retomou uma iniciativa que já tinha mencionado em seu mandato anterior (2017-2021), mas arquivou a pedido do então presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que aceitou cooperar na segurança, embora tenha rejeitado uma possível intervenção militar americana em seu território.
O republicano lembrou a conversa por telefone que teve em novembro com a atual presidente do México, Claudia Sheinbaum, na qual assegurou que foi "muito forte" ao apontar a problemática dos migrantes em situação irregular e do tráfico de fentanil.
"Falei com a nova presidente, que é uma mulher encantadora e maravilhosa (...), mas disse-lhe: não se pode fazer isto com nosso país, não aguentamos mais", declarou.
"Nós colaboramos, coordenamos, trabalhamos, mas nunca seremos subordinados. O México é um país livre, soberano, independente e não aceitamos intervencionismos no nosso país", disse Sheinbaum, sob aplausos, durante um ato político.
Trump reiterou que assim que voltar à Casa Branca vai assinar uma ordem executiva para fechar as fronteiras do país aos migrantes sem documentos e dará início ao maior plano de deportação de estrangeiros da história dos Estados Unidos.
O republicano insistiu em que a deportação servirá para expulsar membros de gangues e máfias estrangeiras que, segundo ele, entraram nos Estados Unidos devido à política migratória do governo do presidente em fim de mandato, o democrata Joe Biden. "Cada gangue estrangeira e estrangeiro ilegal, toda esta rede criminosa que opera em solo americano será desmantelada, deportada e destruída", afirmou.
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