Libertação ocorreu depois do tribunal anular o mandado de prisão de Yeol, por questões processuais na detençãoAFP
Presidente sul-coreano é libertado após ser preso por tentativa de imposição de lei marcial
Em mensagem divulgada por advogados, Yoon Suk Yeol escreveu: 'Inclino minha cabeça em gratidão ao povo desta nação'
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, suspenso do cargo e preso desde janeiro por tentar impor a lei marcial, foi libertado neste sábado (8). Yoon, preso sob acusações de insurreição, deixou o centro de detenção sorrindo e fez uma reverência aos apoiadores, que o aplaudiram. “Inclino minha cabeça em gratidão ao povo desta nação”, declarou o presidente em uma mensagem divulgada por seus advogados.
A decisão de libertação ocorreu após um tribunal ter anulado o mandado de prisão na sexta-feira, com base em questões processuais envolvendo sua detenção. Embora a decisão não tenha implicado uma libertação imediata, a Promotoria, após o prazo de sete dias para apelação, decidiu não contestar a decisão, resultando na liberação de Yoon no sábado.
O incidente que levou à sua prisão aconteceu em 3 de dezembro, quando Yoon, em um ato de confronto com o Parlamento, declarou a lei marcial e enviou o exército para o local. Seis horas depois, teve que recuar, pois os deputados conseguiram romper o cerco militar e revogar a medida. O presidente justificou o golpe afirmando que o Parlamento, dominado pela oposição, estava bloqueando o orçamento e que havia infiltração de rivais da Coreia do Norte.
Além do processo criminal, Yoon também aguarda a decisão do Tribunal Constitucional, que está avaliando o impeachment votado pelo Parlamento em dezembro. A investigação sobre sua tentativa de subversão da ordem civil continuará, independentemente da decisão sobre sua destituição.
Em seu julgamento no Tribunal Constitucional, Yoon afirmou que o país enfrenta “uma crise existencial”.

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