Erin Paterson foi condenada à prisão perpétuaAFP
Australiana que matou família de esposo com cogumelos recorre de condenação
Defesa não explicou motivos da apelação
A australiana Erin Patterson, condenada pelo assassinato de três pessoas com fungos tóxicos, apresentou um recurso para reverter as sentenças, informou a imprensa local.
Patterson, de 51 anos, foi condenada à prisão perpétua em um julgamento de grande repercussão midiática pelo assassinato, em 2023, dos pais e de uma tia de seu marido, de quem estava separada.
Veículos locais como a emissora de televisão nacional ABC e o jornal Sydney Morning Herald reportaram na noite desta segunda-feira (3) que os advogados de Patterson apresentaram um recurso e este foi aceito pela Corte de Apelação. Sua defesa não explicou os motivos da apelação.
Patterson foi sentenciada em setembro e o juiz indicou que ela estaria elegível para a liberdade condicional depois de 33 anos.
Em mais de dois meses de julgamento, Patterson garantiu que o prato de carne que havia preparado para seus convidados foi envenenado acidentalmente com "Amanita phalloides", chamado de cogumelo da morte, um dos mais tóxicos e letais do mundo.
Contudo, um júri formado por 12 pessoas a considerou responsável pelo assassinato dos pais de seu esposo Simon, Don e Gail Patterson, e também de uma tia dele, Heather Wilkinson, em sua casa de Leongatha, em Victoria.
Além disso, ela foi declarada culpada de tentar matar Ian, o esposo de Heather. Simon também foi convidado para o almoço mortal, mas desistiu após avisar à esposa, em uma mensagem de texto, que se sentiria desconfortável de participar.
A relação do casal passava por dificuldades. Apesar de seguirem casados no papel, estavam separados e brigavam pelas contribuições de Simon para a pensão alimentícia do filho.

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