Davi Lucas foi o muso da Porto da Pedra, escola de São Gonçalo: com a mãe Larissa de Souza Menezes Eduardo Arruda/Ascom HEAL
Seis bebês ganharam uma capa com as cores e o pavilhão das escolas Unidos do Viradouro, Unidos do Porto da Pedra, Beija-Flor, Portela, Estação Primeira de Mangueira e Acadêmicos do Salgueiro. Já as puérperas usaram adereços de cabeça e ombreiras coloridas para saírem bonitas nas fotos e vídeos.
Viradouro e Porto da Pedra, escolas de Niterói e São Gonçalo, respectivamente, tiveram as fantasias disputadas, já que a maioria das puérperas moram nos municípios. A musa da vermelho e branca de Niterói foi a pequena Júlia Pérola. Já a agremiação gonçalense foi representada pelo bebê Davi Lucas, ambos nascidos no último dia 4.“Escolhi homenagear a Porto da Pedra, escola da minha cidade que este ano voltou para o grupo especial. Gostei muito desse projeto, trouxe ânimo para a gente”, afirmou Larissa de Souza Menezes, 25 anos, mãe de Davi Lucas.
A azul e branco de Nilópolis foi representada lindamente pelo Jhonatan, segundo filho de Julia Camile Pereira, 19 anos, que nasceu dia 1º de fevereiro. “Achei esse projeto bem legal porque a gente pode guardar uma recordação dos nossos pequenos. Torço muito pela Beija-Flor e este ano ela vai ganhar o desfile”, disse Julia, que lembrou do atendimento que teve na maternidade em 2021, quando teve o seu primeiro filho. “Eu peguei o tempo das orquídeas. Agora estamos todos voando”, brincou a mãe de Jhonatan. Antes da reforma da maternidade, realizada no ano passado, as enfermarias tinham nome de flores. Atualmente cada quarto representa um pássaro.
O clima de animação foi tão contagiante, que até um pai entrou na brincadeira e fez o ensaio com sua bebê. O motoboy Rômulo Amaral, 24 anos, aproveitou que a esposa, Andrielle dos Santos Tavares, estava descansando e participou do ensaio com a pequena Maria Luísa homenageando a Portela.
A pequena Maria Helena, filha de Jamile Gonçalves Braga, 17 anos, foi a musa da Estação Primeira de Mangueira. “Vou torcer para a Mangueira ganhar”, disse a jovem mãe. “Gostei muito dessa iniciativa, é um momento para se eternizar. Para sempre ser lembrado. Tenho um carinho especial pela Portela. Em São Gonçalo torço por outra escola, mas no Rio sou portelense”, disse.
Gabriele dos Santos Pereira Peçanha, 23 anos, e Camila Alves da Silva, 33, ainda aguardam a chegada de seus bebês para a próxima semana, em pleno carnaval. Ambas precisaram ser internadas algumas semanas antes do parto por intercorrências na gestação. Quando souberam das fotos, pediram para participar. O resultado foi um lindo ensaio das grávidas, que não estava programado.“Eu não tive ensaio de fotos na gravidez, quando ia fazer precisei ficar internada. Por isso, fazer essas fotos hoje têm um grande significado para guardar de recordação”, explicou Gabriele, que escolheu as cores da Portela para homenagear o pai, que torce pela escola de Madureira.
Já a motorista de aplicativo Camila, além de fazer fotos da barriga para guardar de recordação, teve um motivo especial para escolher as cores da Imperatriz Leopoldinense no ensaio: a primeira porta-bandeira da verde e branco de Ramos, Rafaela Theodoro, será a madrinha do seu bebê Kayke. “A Rafaela vai amar quando eu mandar essas fotos para ela. É uma homenagem que estou fazendo para a minha comadre”, afirmou Camila.
O projeto de humanização Pequenos Encantos levou o tema de carnaval para dentro da maternidade, com ensaios fotográficos que registraram não apenas um momento de descontração, mas também a oportunidade de celebrar a vida e a esperança.
As capas usadas pelos bebês foram especialmente confeccionadas pela coordenadora de Psicologia do HEAL, Ediléa Oliveira, e trazem um simbolismo poderoso. Cada recém-nascido, envolto em sua capa colorida e com o pavilhão de uma das escolas, representa a união entre a festa popular e o ambiente hospitalar.
Além disso, as mães também participam, trazendo uma atmosfera festiva e de troca entre as famílias dos bebês e a equipe de profissionais que cuidam deles. É um momento de conexão, de sorrisos compartilhados e de fortalecimento mútuo. “A importância de trazer o carnaval para dentro do hospital vai além do mero entretenimento. A festa popular tem um papel transformador na vida das pessoas, levando alegria, esperança e união. No ambiente hospitalar, essa energia positiva se torna ainda mais relevante, pois contribui para o bem-estar emocional dos pequenos pacientes, de suas famílias e também dos profissionais envolvidos no cuidado”, explica a psicóloga.
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