Morro da Penha: mutirão se uniu em prevenção contra a dengue Lucas Benevides/Ascom
“Quero agradecer muito o trabalho e o empenho de cada uma das equipes que estão participando deste mutirão. Nós temos toda uma tradição de atuação nestas situações de epidemias, desde o trabalho preventivo, que vocês estão fazendo aqui, até mesmo o atendimento e enfrentamento, como durante a Covid-19. Desta vez é a dengue, que não é uma novidade, e a gente tem um trabalho permanente. A técnica da Wolbachia, aplicada em parceria com a Fiocruz, é uma ferramenta valiosa nessa luta, mas precisamos continuar esse trabalho de combate aos focos de mosquitos”, disse o prefeito Axel Grael.
Nesta sexta-feira (1º), cerca de 40 residências foram visitadas e 16 telas de caixa d’água instaladas, utilizadas como uma barreira contra o surgimento de possíveis criadouros. A equipe de agentes de Zoonoses, agentes comunitários regionais de saúde, da FeSaúde, equipes da Clin, da Administração Regional da Ponta da Areia e da Defesa Civil percorreram a região, instruindo os moradores e eliminando os possíveis focos nas casas e nas ruas da comunidade.
O agente de zoonoses Augusto Cesar Zambe, que atua há 21 anos na comunidade, destacou a importância dos próprios moradores, ao menos uma vez na semana, vistoriem suas casas em busca de possíveis focos de mosquitos.“Faço serviços diariamente, entro nas casas, verifico se há presença de focos em caixas d’água, galões, e quando tem nós tratamos, colocando o produto específico. E esse trabalho precisa ser conjunto entre o morador e a Prefeitura, para que a adesão seja maior, e o trabalho mais amplo e efetivo”, afirmou o agente.
A Prefeitura de Niterói possui uma equipe de fiscais sanitários exclusivamente para vistoriar todo o tipo de imóvel abandonado que propicie a proliferação dos vetores. Durante todo o ano, as equipes do CCZ realizam um trabalho intenso de rotina de prevenção e combate ao mosquito transmissor das arboviroses. A cobertura de trabalho abrange 205 mil imóveis, com planejamento de visita pelos agentes a cada 2 meses. São cerca de 300 servidores envolvidos exclusivamente nas atividades de combate ao mosquito transmissor das arboviroses, que visitam 5 mil imóveis diariamente.
Outra estratégia do Município para enfrentar a doença é o método Wolbachia, uma parceria com a Fiocruz e a WMP Brasil. A Wolbachia é um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente no Aedes Aegypti. Uma vez inserida artificialmente em ovos de Aedes Aegypti, a capacidade de o mosquito transmitir os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela fica reduzida. Com a liberação de mosquitos com a Wolbachia, a tendência é que esses mosquitos predominem nos locais e diminua o número de casos associados a essas doenças.
O Centro de Controle de Zoonose da Secretaria de Saúde também recebe solicitações de vistoria de focos de dengue através do aplicativo Colab.re. É só baixar o app na loja de aplicativos, criar a conta e abrir a solicitação. Além do app Colab, a população pode solicitar vistorias pelo telefone 99639-4251 e também pelo WhatsApp do Disque Dengue 21 96955-0746.
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