Inspetor geral José Ricardo Soares, comandante da Guarda Municipal do Rio de JaneiroDivulgação
Um conceito relativamente novo que inspira o papel da Ronda Escolar é o de Justiça Restaurativa, que envolve diversos atores sociais, como órgãos da Justiça, Conselhos Tutelares e das forças policiais.Trata-se de uma maneira de analisar o conflito de forma mais global, ver o que está por trás do ato infracional ou da má postura para evitar a reincidência e colaborar no processo socioeducativo. Por meio de palestras e atividades lúdicas, a Ronda Escolar está presente na escola justamente para tratar desses temas, abrangendo não somente os alunos, mas também pais e professores, para uma reflexão e também estimular boas práticas.
Neste ano, até o mês de agosto, a Ronda Escolar da GM-Rio já realizou 53.966 atendimentos em situações emergenciais nas escolas. São ações que envolvem desde o auxílio em acidentes, balizamento do trânsito, até a intervenção em atos de vandalismos ou depredações e brigas. Já as atividades lúdicas e palestras contabilizaram 2.089 ações e são elas a principal engrenagem da GM-Rio neste processo.
A força policial precisa estar presente nas escolas para intervir em situações de conflito, o que a Guarda já faz, como mostram os números acima; mas a presença dos agentes dentro dos muros das unidades escolares interagindo com o corpo docente e discente é muito mais eficaz. Durante as palestras e atividades lúdicas, são tratados temas relevantes para o convívio social, como prevenção ao bullying, convivência sem violência, respeito às leis de trânsito, e também temas de saúde pública, como a prevenção às DSTs.
As pessoas que participam dessas atividades recebem ferramentas para se tornarem cidadãos mais conscientes de seus direitos e deveres e também multiplicadores dessas informações.
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