Andreia Calçada. Psicóloga clínica e jurídicaDivulgação
É comum nesta época do ano, por causa do fechamento de um ciclo e começo do outro, as pessoas se sentirem mais aflitas. Alguns indivíduos tiveram perdas, em vários sentidos, durante o ano e isso pode gerar tristeza. Importante destacar que tristeza é diferente de depressão. A tristeza faz parte das emoções geradas pelas perdas e por aquilo que não se conseguiu realizar. Já na depressão, a pessoa tende a ficar paralisada, sem buscar soluções, envolvida em pensamentos negativos e com dificuldades de agir no que se faz necessário.
Perda de emprego, falência do negócio, morte de um parente, doença em família e problemas financeiros são alguns gatilhos que podem desencadear essa ansiedade, tristeza e até mesmo uma depressão. De acordo com a idade, com a fase de vida, vivemos o final do ano de formas bem diferentes. Quando se é criança, adolescente, adulto jovem, quando se tem filhos pequenos ou se encontra na terceira idade. Cada fase vai gerar uma expectativa diferente frente a tal momento.
O amparo familiar e dos amigos é importante para a maioria das pessoas. A falta desse amparo, no caso de uma pessoa solitária, pode acentuar a ansiedade e a tristeza no final do ano. As redes sociais acabam acarretando mais ansiedade, já que quem está infeliz compara sua vida com a de outros. Nas redes sociais, as pessoas tendem a mostrar somente o que é bom, e quem está infeliz pode ficar ainda mais triste.
Se o indivíduo não está bem, ele deve buscar suporte nas pessoas que são importantes para ele e tentar focar em suas conquistas e não no que não foi alcançado. Fazer um balanço de perdas e ganhos, repensar as formas para o alcance de objetivos é fundamental. Os projetos para o futuro ajudam a combater os sentimentos de tristeza que surgem no final do ano.
Andreia Calçada
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