Fred Pacheco, deputado estadual Thiago Lontra / divulgação
Ao longo de quase cinco horas intensas, números impactantes desnudaram as justificativas das empresas sobre custos elevados e perdas financeiras. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o terceiro trimestre testemunhou um lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no setor.
A prática da verticalização, onde os planos de saúde controlam toda a cadeia, também está sob escrutínio, alimentando questionamentos sobre a responsabilidade financeira dessas empresas. A interrogação que ressoa é clara: por que as decisões judiciais favoráveis aos beneficiários são ignoradas pelos planos de saúde?
Diante do silêncio dos representantes dos planos de saúde, após convite formal e assinatura de ofício, dei entrada no pedido de CPI. A ausência deles na audiência pública destaca a urgência do problema, evidenciando descompromisso. Decisões judiciais favoráveis são ignoradas, exigindo apuração para garantir respeito aos direitos das pessoas com deficiência.
Ao mirar mais aprofundadamente nos números, o lucro bilionário das empresas ressoa como um eco trágico para a população com deficiência, cujas necessidades de tratamento muitas vezes se veem relegadas à margem das prioridades financeiras. Esse descompasso entre o desespero dessas famílias, que pagam e precisam desses planos para o cuidado adequado, e os bilhões que fluem para as empresas destaca a urgência de aprimorar o sistema.
Este não é apenas um relato; é um alerta de transformações imediatas. Não é uma denúncia, mas um grito de indignação que conclama uma colaboração efetiva na busca de soluções e na garantia do bem-estar daqueles que dependem desses serviços, enquanto aguardamos a aceitação da CPI. Este artigo, em síntese, é uma manifestação em prol da empatia, amor ao próximo e do cumprimento das leis que regem nossa sociedade.
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