Já escrevi inúmeros artigos sobre a importância de se adotar o planejamento estratégico (PE) para se atingir a missão e a visão de uma determinada entidade seja pública ou privada. Já estive com vários técnicos expondo as vantagens de se adotar o PE para se chegar aos objetivos e metas necessários a uma boa administração e aos anseios da população. Já fiz palestras sobre o assunto e elaborei projetos de aplicação da técnica em diversas ações, inclusive, na recuperação total do Vale do Cuiabá após o desastre ambiental que atingiu a cidade de Petrópolis/ RJ. Relatei sobre a importância de se adotar o BSC (Balance Score Card) como ferramenta do PE, utilizada por inúmeras entidades de ponta do mundo, sendo que, no Brasil, podemos citar o Inmetro e o BNDES.
O BSC foi desenvolvido no início da década de 1990 por David Norton e Robert Kaplan. Os criadores dessa metodologia queriam estruturar melhor o fluxo de análise de performance e métricas com dados e informações que não eram, necessariamente, financeiras. Na prática, a metodologia se mostrou tão eficiente que até mesmo organizações sem fins lucrativos a utilizam.
Mas alguns objetivos podem ser mais amplos ou focados no longo prazo. Por isso, é importante que sejam deferidos quais são os indicadores e métricas ainda mais específicas para acompanhar os avanços e ter a certeza do atingimento da missão.
Depois de todas essas etapas, é preciso seguir para a execução de tudo o que foi planejado. Mas, além disso, também é muito importante acompanhar e monitorar tudo o que está sendo feito, para garantir todos os ajustes necessários ao longo do caminho.
O BSC é uma técnica muito eficiente para identificar pontos a serem melhorados a fim de definir as estratégias mais ideais na busca por uma performance melhor, mas tudo isso sem precisar perder muito tempo ou investir muitos recursos financeiros.
No artigo intitulado “Réquiem para o Planejamento Estratégico”, escrevi: “O plano diretor municipal e o planejamento estratégico municipal são instrumentos de planejamento e gestão de municípios e prefeituras, considerados, atualmente, de importância inquestionável. Ações necessárias em áreas de alto impacto urbano e social devem ser pensadas e planejadas, deixando para um segundo plano outras não tão relevantes. Planejar a cidade é essencial, é o ponto de partida para uma gestão municipal efetiva diante da máquina pública, onde a qualidade do planejamento ditará os rumos para uma boa ou má gestão, com reflexos diretos no bem-estar dos moradores.
Além disto, ações tomadas precipitadamente, e sem critérios definidos, podem acarretar perdas de verba pública, que poderia ser destinada a sanar, ou mesmo minimizar, problemas de maior anseio da comunidade local.” Em outro artigo, também já publicado e intitulado “Não feche sua loja” foi escrito: “Este artigo pretende responder a seguinte questão: de que forma o planejamento estratégico pode beneficiar uma decisão perante uma dúvida e como, através dele, se possam atingir objetivos e metas a serem alcançados.
A análise da SWOT consiste em uma análise aprofundada e detalhada, para auxiliar na tomada de decisões. O principal objetivo é dar um diagnóstico estratégico que deve prever e prevenir condições negativas, além de firmar diretrizes que façam o empreendimento se diferenciar. Isto porque combina fatores internos (as forças e as fraquezas) aos externos (as oportunidades e as ameaças). Conheça mais a fundo os 4 pontos principais de análise da matriz SWOT:
1. Forças (Strengths)
As forças são os aspectos positivos internos que a organização controla e que podem ser utilizados para alcançar seus objetivos. Eles representam as vantagens competitivas e os recursos que a empresa possui, diferenciando-a dos concorrentes. Identificar e aproveitar essas forças permite que maximize o potencial e aumente a eficiência e eficácia.
Os exemplos de forças incluem:
* Boa Reputação: Uma imagem positiva no mercado pode atrair clientes e parceiros.
* Recursos Financeiros Sólidos: Uma base financeira estável permite investimentos em crescimento e inovação.
Tecnologia Avançada: A posse de tecnologia de ponta pode aumentar a eficiência e a competitividade.
2. Fraquezas (Weaknesses)
As fraquezas são os aspectos negativos internos que podem dificultar o alcance dos objetivos. Elas representam limitações ou deficiências que a empresa precisa melhorar para evitar que prejudiquem seu desempenho. Reconhecer e abordar essas fraquezas é crucial para fortalecer a organização e garantir que elas não impeçam o progresso.
Os exemplos de fraquezas incluem:
* Falta de Recursos: A escassez de recursos financeiros, humanos ou materiais pode limitar as operações.
* Processos Ineficientes: Processos internos que não são otimizados podem levar a desperdício e ineficiência.
3. Oportunidades (Opportunities)
As oportunidades são fatores externos positivos que a organização pode explorar para seu benefício. Elas representam situações ou tendências no ambiente externo que, se aproveitadas, podem auxiliar a empresa a crescer e melhorar seu desempenho. Identificar e capitalizar essas oportunidades permite que a empresa se expanda e se adapte rapidamente às mudanças do mercado, mantendo-se competitiva. Os exemplos de ameaças incluem:
* O mercado está em crescimento? A expansão do mercado pode abrir novas áreas para crescimento para a empresa.
* Mudanças na Legislação: Leis e regulamentações que beneficiam a empresa podem criar vantagens competitivas.
* Há tecnologias no mercado que favorecem a empresa? A adoção de novas tecnologias pode melhorar o desenvolvimento e entrega dos seus produtos e serviços.
4. Ameaças (Threats)
As ameaças são fatores externos negativos que podem causar problemas para a organização. Elas representam desafios ou obstáculos no ambiente externo que podem prejudicar o desempenho da empresa se não forem gerenciados adequadamente.
Reconhecer essas ameaças e desenvolver estratégias para mitigá-las é essencial para proteger a empresa de impactos negativos e garantir sua sustentabilidade a longo prazo. Os exemplos de ameaças incluem:
* Concorrência Crescente: O aumento da competição pode reduzir a participação de mercado.
* Mudanças Econômicas: Flutuações na economia podem impactar negativamente a demanda por produtos e serviços.
* Regulamentações Desfavoráveis: Novas leis ou regulamentações podem impor restrições à operação da empresa.
A matriz SWOT é uma ferramenta essencial para a gestão, especialmente útil no planejamento e na definição de estratégias para o próximo ano. Ela oferece uma maneira prática e visual de entender o cenário atual, destacando as oportunidades que podem ser exploradas e as ameaças que precisam ser controladas.
Portanto, é fundamental revisar periodicamente os pontos da sua matriz SWOT, assegurando que todas as informações estejam 100% atualizadas.
Às vezes um pequeno detalhe pode prejudicar a operacionalidade e o sucesso de um investimento. Como já foi dito, em qualquer situação cujo objetivo seja colher resultados, o planejamento é fundamental. Mesmo, tomando como exemplo, um evento cultural, terá uma resposta bem mais satisfatória se for bem planejado. Assim, não pense duas vezes, não feche sua loja, planeje bem e colha bons frutos.” Diante de tudo isso, em solilóquio, eu me pergunto: “Será que eu falo grego?”