Escritora Isa Colli: lançando livro infantil sobre albinismoDivulgação
Na avaliação da especialista no tema, a doutora em Ciência Política pela UERJ e militante da Marcha Mundial das Mulheres, Marília Closs, um dos obstáculos mais urgentes a serem superados é a desigualdade. Marília diz que é importante sempre estabelecer que existe uma diferença objetiva do que acontece quando mulheres estão em espaços de poder e quando homens estão em espaços de poder e isso inclui não só os cargos eletivos, mas também os de alta importância no serviço público, sindicatos e universidades. “Há uma tendência maior de as mulheres serem progressistas e executarem mais políticas públicas efetivas, ainda que ocupem menos espaços de poder que os homens”, enfatiza.
Marília, que é também coordenadora de projetos da Plataforma Cipó, um instituto de pesquisa dedicado ao clima, desenvolvimento sustentável e relações internacionais, aponta que as questões ambientais, por exemplo, afetam de maneira desproporcional os homens e as mulheres. Ela explica que, quando se fala da crise climática, os impactos são desproporcionais porque mulheres emitem menos gás de efeito estufa, poluem menos, degradam menos o meio ambiente – esse é o mundo dos homens–, mas as mulheres sentem mais esses impactos. Quando chove e uma comunidade não fica de pé, quem fica para trás para reconstruir esse local são as mulheres.
Diante do desafio de reverter a crise ambiental que nos afeta e ameaça o nosso futuro, não há duvidas de que nós, mulheres, mesmo ainda em condições de desigualdade, podemos e devemos tomar as rédeas da situação. Mulheres no poder transformam vidas. E é disso que precisamos neste momento.
Por Isa Colli, jornalista e escritora
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