Fábio PicançoDivulgação

Vinte e oito de novembro de 1967. Os jornais anunciavam a abertura da cervejaria Canecão, em Botafogo. Enchentes castigavam a Cidade Maravilhosa, em um dos maiores desastres naturais de sua história. Nesse cenário, surgia a Companhia de Distritos Industriais do Estado do Rio de Janeiro. A primeira sede foi instituída no centro de Niterói, Estado da Guanabara. Eram cerca de 30 funcionários que tinham como função implantar e comercializar distritos industriais. Em 1982, a autarquia é renomeada e a palavra Desenvolvimento começa a orientar os rumos da Codin. Hoje, ainda contamos com a experiência de um punhado daqueles servidores que viram a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro nascer.
Este mês, esta jovem senhora chega aos 57 anos, focada na missão determinada pelo governador Cláudio Castro, de se aproximar cada vez mais do empresariado fluminense. Ao longo de 2024, a Companhia seguiu à risca a vocação de ser a principal porta de entrada para investimentos no estado. Dois projetos itinerantes foram criados, o Codin Incentiva e o Codin Reúne, que levam a estrutura técnica da Companhia até empreendedores e gestores públicos de todas as regiões fluminenses. O primeiro, voltado para tirar dúvidas sobre incentivos fiscais e apresentar novas oportunidades de negócios no território fluminense, oferecendo atendimentos individualizados aos participantes. O segundo foi concebido para ser um espaço de troca, ouvir as demandas do setor industrial local e viabilizar soluções. As duas iniciativas já passaram por diversas cidades, resultando no crescimento da procura de pleitos por incentivos fiscais por empresas interessadas em se instalar ou ampliar suas plantas no estado.
Outra meta atingida, nos últimos 11 meses, foi a abertura do caminho para a potencialização do comércio exterior no Rio de Janeiro. Um setor que, em 2023, gerou uma corrente comercial de US$ 72 bilhões em território fluminense, a maior registrada desde o início da série histórica, de acordo com a Firjan. Para mostrar que o Rio de Janeiro está pronto para atrair novos volumes de cargas de importação e exportação, levamos, pela primeira vez, uma comitiva governamental para a Intermodal de São Paulo, o maior evento de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior das Américas. Em 2025, a Codin terá, de forma inédita, um estande próprio por lá. Um marco que visa intensificar a presença da instituição em grandes eventos sobre o tema e pretende trazer para solo fluminense grandes “players” do Comércio Exterior. Com esse movimento, já estamos colhendo frutos: duas das maiores “tradings” do país - que juntas faturam cerca de R$ 600 bilhões - estão a caminho do Rio. E, por falar em ineditismo, não poderia deixar de falar sobre o nosso estande de estreia na Super Rio Expofood, uma das maiores feiras de negócios do Brasil, que gerou uma rede de relacionamentos fundamentais para os próximos capítulos da nossa história.
As parcerias conquistadas entre 2023 e 2024 são outro destaque. Partindo do apoio fundamental da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, e da Assembleia Legislativa, construímos pontes importantes para o desenvolvimento econômico fluminense junto ao Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, com a assinatura de um termo de cooperação técnica que ainda vai render produtos importantíssimos para a atração de investimentos. Estivemos mais próximos da Firjan, do Sebrae e dos gestores públicos. Iniciamos associações com o Instituto Inetec e com a Fundação Getúlio Vargas, para intensificar a capacitação de nossos colaboradores. Também podemos citar os avanços para a implantação da Zona de Processamento de Exportação do Porto do Açu, cujo projeto foi atualizado pela Codin e criará milhares de empregos. Para 2025, a expectativa é de otimismo, com mais investimentos de infraestrutura e no setor industrial fluminense. O trabalho não para e a Codin está pronta e comprometida para mais 57 anos.
* Fábio Picanço é presidente da Codin