Daniela Barreto é mestre em educação, neuropsicopedagoga e criadora do Neuroestarcast Divulgação
Recentemente, uma empresa de saúde dos Estados Unidos começou a oferecer tratamento para o que ela chamou de “Brainrot”, expressão usada para descrever uma série de sintomas cognitivos, que incluem dificuldade de concentração, sensação de fadiga mental, lapsos de memória, dificuldade para aprender e realizar tarefas cotidianas. Essas manifestações são frequentemente associadas a fatores como estresse excessivo, depressão, ansiedade, falta de sono, entre outros. O termo gerou bastante repercussão pelo fato de abordar questões de saúde mental de uma maneira que pode despertar preocupações em pais, educadores e profissionais de saúde.
O conceito de "Brainrot" traz à tona questões sérias sobre o impacto de fatores externos no cérebro em desenvolvimento. As crianças estão sendo expostas ao conteúdo digital cada vez mais cedo, muitas vezes antes de desenvolverem habilidades críticas para filtrar informações. Essa tendência pode trazer implicações tanto positivas quanto negativas. Por um lado, a tecnologia pode estimular o aprendizado e a criatividade, mas, por outro lado, o excesso ou o uso inadequado pode afetar o desenvolvimento.
Embora a tecnologia seja uma ferramenta poderosa e essencial no mundo moderno, o uso excessivo de telas pode acarretar efeitos negativos significativos no desenvolvimento infantil. No entanto, com limites apropriados e uma abordagem equilibrada, é possível maximizar os benefícios da tecnologia e minimizar seus riscos.
O papel dos pais, educadores e profissionais de saúde é fundamental para garantir que as crianças cresçam de maneira saudável e equilibrada em um mundo cada vez mais digitalizado.
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