Marta RelvasDivulgação
Um dos pilares do aprendizado é a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de criar e fortalecer conexões neurais. Esse processo é intensificado em ambientes desafiadores e recompensadores, que estimulam a liberação de dopamina, neurotransmissor crucial para a motivação e a retenção de informações. Nesse contexto, a IA desempenha um papel importante, oferecendo feedback em tempo real e personalizando experiências educacionais, o que potencializa o engajamento e a criatividade dos estudantes.
Além disso, ferramentas baseadas em IA, como chatbots e simulações, ajudam a desenvolver habilidades socioemocionais, como empatia e comunicação. No entanto, o uso excessivo dessas tecnologias levanta preocupações sobre os impactos cognitivos e éticos no cotidiano escolar. Dependência excessiva da IA pode reduzir a autonomia cognitiva, prejudicando habilidades como pensamento crítico e resolução de problemas.
Pesquisas indicam que essa dependência também pode resultar em um aprendizado superficial, comprometendo a consolidação de memórias de longo prazo e alterando circuitos neurais relacionados à concentração. Outro aspecto relevante é o impacto no desenvolvimento socioemocional, uma vez que a substituição de interações humanas pela tecnologia pode limitar o aprendizado empático e colaborativo.
Para maximizar os benefícios da IA, é essencial utilizá-la como complemento ao aprendizado ativo, e não como substituição. Educadores e formuladores de políticas precisam equilibrar a integração da IA, promovendo engajamento crítico e reflexivo, enquanto lidam com desafios éticos, como privacidade e vieses nos algoritmos.
Quando usada de forma responsável, a IA pode ser uma aliada poderosa, tornando a educação mais inclusiva, eficaz e conectada às necessidades do século XXI. O equilíbrio entre tecnologia e interação humana será o diferencial para o futuro da educação.
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