Escritora Isa Colli: lançando livro infantil sobre albinismoDivulgação
E para quem já estava com dívidas antes do período das festividades, penso que a ação precisa ser ainda mais efetiva. O levantamento mais recente feito pelo Serasa mostra que mais de 73 milhões de pessoas estavam endividadas no país nos últimos meses de 2024.
Então, o que fazer? Claro que só a própria pessoa sabe onde o calo aperta, mas existem atitudes que podem ser tomadas por todos, como por exemplo, colocar os gastos em uma planilha para ver onde é possível cortar excessos. As operadoras de celular e as empresas de TV por assinatura sempre fazem campanhas de fidelidade que podem baixar o valor da mensalidade; outra possibilidade é fazer a portabilidade do seu plano para uma operadora que ofereça melhores preços; conversar com o pessoal de casa para evitar o desperdício de energia, de gás e de água também é uma saída para reduzir as contas mensais; outra ideia é trancar a matrícula na academia por uns meses e fazer atividades físicas por conta própria até reorganizar as finanças; vender objetos que você não usa em sites voltados a essa finalidade também ajuda a gerar recursos; e, claro, evitar compras desnecessárias.
Para além do endividamento em si, vale lembrar que essa situação pode impactar no emocional, desencadeando ansiedade, estresse, angústia ou até mesmo depressão.
O Portal do Investidor, do site gov.br, traz um panorama interessante sobre esse tema ao revelar que a preocupação constante com as dívidas, o medo de não conseguir pagar as contas e a sensação de estar preso em uma situação financeira difícil têm um impacto negativo na saúde mental. O estresse financeiro pode levar a problemas de sono, irritabilidade, baixa autoestima e dificuldades de concentração. Além disso, como efeito psicológico, se pode ter sentimentos relacionados à culpa, à vergonha e ao fracasso, emoções conhecidas como tensão financeira.
O mais importante é saber reconhecer quando se chega a um nível de endividamento que vai exigir alguns sacrifícios, como o freio no consumo, o corte de gastos e a negociação das dívidas. É abrir mão de algumas coisas em busca de um objetivo: sair do vermelho. É um processo doloroso, mas necessário.
Por Isa Colli, jornalista e escritora
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