Raul VellosoDivulgação

Retomo o tema da minha última coluna neste jornal (18/11/25), de onde extraí a evolução recente das taxas de crescimento acumulado das RDI (Razões de Dependência de Idosos) em nosso País (veja gráfico a seguir), desde 1950, tendo essas, de forma surpreendente e conforme indiquei no texto anterior, crescido sistematicamente acima das taxas médias observadas na Europa e nos Estados Unidos, ao longo de todo o período 1950-2055, cabendo notar que os valores dos últimos anos são projeções elaboradas por instituições acreditadas na área.
Sem espaço suficiente no momento atual, deixei de mostrar, tanto para os períodos anteriores, como para os mais recentes, os gráficos relativos à consequência básica daquele tipo de evolução, ou seja, a previsível desabada das taxas reais de crescimento dos investimentos públicos em infraestrutura e, por extensão natural, das taxas de crescimento do nosso PIB, ameaçando de forma incisiva as perspectivas de crescimento da geração de empregos do nosso País no mesmo período aqui considerado.
Conforme salientei antes, o “x” dessa questão se refere à óbvia rigidez dos gastos que têm tido um impacto bem mais expressivo nessa apuração, os relativos às despesas previdenciárias.
Nesse contexto, e como resido há bastante tempo em Brasília e tenho observado que a previdência do DF é uma das mais deficitárias per capita em nosso país, penso que o momento atual é mais do que oportuno para que as administrações de entidades públicas locais, especialmente as que acabaram de assumir em substituição às que vêm de ser afastadas, se dediquem à ingente tarefa de equacionamento atuarial (ou reequilíbrio previdenciário), para atacar o principal problema no esforço de saneamento as finanças da administração pública central de nosso país que ora se inicia.