Uma visão devastadora que alerta para a urgente necessidade de interdição da áreaFoto: Douglas Smmithy
Segundo o ofício enviado ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA), o ambiente da Lagoa de Iriry tem se mostrado cada vez mais insustentável para a vida aquática. A vegetação, ao cobrir grande parte da superfície da água, impede a passagem da luz solar, o que reduz a oxigenação e leva à morte de diversos organismos marinhos. A proliferação descontrolada dessa planta, somada à provável contaminação das águas por efluentes sanitários domésticos, torna o local um risco à saúde pública e aos ecossistemas locais. A atual situação exige ação imediata para evitar um colapso ainda maior.
Além dos impactos ambientais, a comunidade local enfrenta consequências econômicas graves, já que a pesca é uma fonte importante de sustento para muitas famílias da região. Com a morte em massa de peixes, os pescadores estão vendo seus meios de vida ameaçados. O alface d'água não só prejudica a fauna aquática, como também afeta diretamente a pesca, tornando-a inviável devido à escassez de peixe e à contaminação das águas. As autoridades municipais e ambientais devem agir rapidamente para evitar que o problema se agrave ainda mais e cause danos irreparáveis.
A Lagoa de Iriry, além de ser uma área de proteção ambiental, é também um importante ponto turístico, atraindo banhistas e pescadores. A presença de peixes mortos e a contaminação da água colocam em risco a saúde de todos que frequentam o local. Moradores, pescadores e turistas têm se exposto a um ambiente insalubre, o que coloca em risco a saúde pública. Sem medidas de contenção, a situação poderá piorar, resultando em mais vítimas de doenças relacionadas ao contato com águas contaminadas.
A falta de uma resposta efetiva por parte da gestão municipal até o momento tem gerado indignação na população. A atual administração não tomou providências para sinalizar os riscos à saúde, apesar de diversas denúncias nas redes sociais e de alertas feitos por moradores. A situação é urgente e a interdição temporária da Lagoa de Iriry é a única medida preventiva viável para evitar maiores prejuízos à saúde dos banhistas e pescadores, até que a balneabilidade da água seja adequadamente testada e controlada.
A população local não pode esperar mais para que as autoridades tomem uma atitude enérgica e responsável. O pedido de interdição, com base no princípio da precaução, busca proteger a saúde da comunidade e salvar o ecossistema da lagoa. O INEA, com o apoio da comunidade e das autoridades locais, precisa agir rapidamente para evitar a continuidade da poluição e garantir que o patrimônio ambiental de Rio das Ostras seja preservado para as futuras gerações.
Em nota a Prefeitura de Rio das Ostras, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, informou que foram instaladas placas na Orla, desde a Lagoa do Iriry até a Praia do Abricó, informando sobre as condições de balneabilidade - as placas apresentam QRCode para acesso às informações atualizadas pelo INEA.
Sobre a limpeza da Lagoa, equipes estão no local, com apoio de caminhão e retroescavadeira para retirada do material.
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