Rômulo disse que o irmão tinha amor pela profissão. E o considerava uma referência, um herói. "A minha ficha ainda não caiu. Meu irmão gostava muito do que fazia. Eu tinha, tenho e o terei sempre como herói. Cada conquista ele postava nas redes sociais, mostrando o que fazia pela sociedade. Eu só tenho que agradecer a ele", falou, emocionado.
O irmão gêmeo do PM foi com o padrasto à UPA para liberar o corpo de Maria José. O enterro dos dois vai acontecer às 11h desta sexta-feira no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
O policial morava no bairro Jardim Leal, em Duque de Caxias. Já a mãe vivia a cerca de dois quilômetros do local do crime que vitimou o filho. O batalhão da unidade foi acionado para a ocorrência, porém, ao chegar no local, já encontrou Douglas sem vida.
Na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), a namorada do militar contou aos agentes que os criminosos pararam o casal na Avenida Rio Branco, em Jardim Gramacho. Após uma revista, os bandidos ao perceberam que ele era PM e ordenaram para que ele se deitasse no chão, em seguida descarregaram as armas. Douglas foi atingido por 10 disparos de grosso calibre.
O sargento estava há 12 anos na Polícia Militar e é o 54º PM morto este ano vítima da violência no Rio. Ele era divorciado e deixa dois filhos, uma menina de 5 anos e um garoto de 8 anos.
Um perito da Polícia Civil esteve no IML de Duque de Caxias, por volta das 12h50, e fez a necrópsia no corpo do sargento. De acordo com informações preliminares, Douglas Fontes Caluete foi atingido por pelo menos dez tiros de arma de grosso calibre. Pelo menos dois tiros atingiram a cabeça do policial.
No dia 13 de maio, "Dia das Mães", Maria José usou as redes sociais para se declarar para os filhos. "São o bem mais precioso que possuo. Por isso, Pai, eu te peço: cuide deles para mim", dizia a postagem.