Guarabu (de branco) e Batoré (de boné) em flagra feito por câmera de segurança em um bunker da quadrilhaDivulgação / Polícia Civil
Por O Dia
Publicado 28/06/2019 10:30 | Atualizado 28/06/2019 10:42
Rio - Oito meses antes de ser morto, Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, de 40 anos, foi flagrado por uma câmera escondida com alguns de seus aliados em um bunker da quadrilha. O chefe do tráfico do Morro do Dendê foi morto no fim da madrugada desta quinta-feira, durante uma troca de tiros com PMs na comunidade da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio.
A câmera que filmou o grupo foi colocada pelo major Alan de Luna Freire, 40, que era lotado no 17º BPM (Ilha do Governador). O PM foi descoberto e um mês depois do flagrante foi assassinado a mando de Guarabu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
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Nas imagens, gravadas na manhã do dia 6 de outubro do ano passado, Guarabu aparece com pelo menos quatro aliados lanchando. Um deles é o ex-PM Antônio Eugênio de Souza Freitas, o Batoré, que também foi morto na ação desta quinta.
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Um terceiro traficante foi identificado como Humberto Jerônimo, apelidado de Gordon. Ele é irmão de Gilberto Coelho, o Gil, amigo de infância e braço direito de Guarabu, que também foi morto ontem; confira!
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Um outro vídeo, que circula na Internet, mostra o momento logo após o confronto que resultou na morte dos traficantes, na Rua Uruaçu, ontem.
Nas imagens, é possível ver os policiais reunidos em volta dos carros onde estavam os criminosos; assista!
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POLICIAMENTO
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Além de Guarabu, Batoré e Gil, os outros mortos da quadrilha foram Paulo Cesar da Costa, o Piu; Tiago Farias Costa, o Logan; e um sexto suspeito ainda não identificado.
Temendo represá-lias de comparsas dos traficantes na região, a PM informou que mantém, desde ontem, equipes do Comando de Operações Especiais (COE) e do 17º BPM (Ilha do Governador) no bairro.
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Nesta sexta, além do COE e do 17º BPM, também participam do reforço no policiamento agentes do 5º BPM (Praça da Harmonia), 6º BPM (Tijuca) e do 22º BPM (Maré).
Carro onde estava Guarabu e vários de seus comparsasRicardo Cassiano / Agencia O Dia
MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO
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A operação que acabou na morte de Garabu era para cumprir 34 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento com o traficante. O COE estava auxiliando a Corregedoria da Polícia Militar no cumprimento dos mandados, já que muitos dos alvos eram PMs corruptos. Algumas das buscas foram feitas dentro de batalhões da secretaria, como o da Ilha do Governador.
Em janeiro deste ano, o DIA revelou com exclusividade que Guarabu possuía uma extensa rede de proteção, que incluía militares do 17º BPM. Pelo menos 15 agentes da unidade repassavam informações ao traficante. Por isso, ele era considerado praticamente intocável pelas autoridades da Segurança Pública do Rio.
Policiamento na Ilha foi reforçado após a morte de GuarabuRicardo Cassiano / Agencia O Dia


FUGA PARA A MARÉ
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Após as mortes de Guarabu e de seus aliados, cerca de 30 traficantes da quadrilha fugiram para áreas do Complexo da Maré, também na Zona Norte. Eles se refugiaram nas comunidades Salsa e Merengue, Timbau e Vila Pinheiros, dominadas pela mesma facção, Terceiro Comando Puro (TCP).
A informação, ao qual o DIA teve acesso, foi repassada ao Disque Denúncia. O relato dizia que "homens fortemente armados com fuzis e granadas" chegaram nas comunidades por volta das 6h30 da manhã.
Os traficantes fizeram uma reunião, onde debateram ações como ataques a policiais e queima de ônibus. Os moradores das comunidades foram obrigados a ficar em suas residências.