REPETIÇÃO TRÁGICA
Agentes da lei continuam sendo alvo. Foram 92 mortes de PMs em 2018. O major Alan de Luna Freire foi fuzilado em Nova Iguaçu e enterrado em Sulacap. - Márcio Mercante
REPETIÇÃO TRÁGICA Agentes da lei continuam sendo alvo. Foram 92 mortes de PMs em 2018. O major Alan de Luna Freire foi fuzilado em Nova Iguaçu e enterrado em Sulacap.Márcio Mercante
Por O Dia

Rio - O major da Polícia Militar Alan de Luna Freire, de 40 anos, assassinado a tiros de fuzil na manhã de terça-feira no bairro Jardim Esplanada, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi enterrado nesta quarta no cemitério Jardim de Mesquita, no município de Mesquita, também na Baixada.

Segundo a corporação, o crime pode ter sido ordenado por Antonio Eugênio de Souza, o Batoré. O suspeito é apontado pela polícia como o "matador" da quadrilha de Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, 39. 

As ameaças teriam começado na semana do dia 10, um dia depois de Luna e policiais do 17º BPM (Ilha do Governador), juntamente com agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRFA) participarem de uma ação na qual dois seguranças de Guarabu foram mortos. Dias antes, Luna havia prendido integrantes da quadrilha do traficante, do Morro do Dendê.

Luna foi assassinado por volta das 8h30. Os criminosos, que estariam em um Hyundai Elantra prata e uma moto, atiraram no veículo do major e fugiram. Pelo menos 24 disparos acertaram a carro do PM. Os tiros foram agrupados, todos perto da maçaneta da porta do motorista. De acordo com a DHBF, foram apreendidas várias cápsulas de fuzil calibre 762. De acordo com o delegado Leandro Costa, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o carro não era blindado, como especulou-se logo após a execução.

"Estamos buscando câmeras de segurança e fazendo diligências em busca de informações", disse o delegado, que completou: "Eles vieram para executá-lo. Agora, queremos saber quem mandou matá-lo. Ele foi atingido no braço e na lateral esquerda do corpo", afirmou o policial. 

Major da PM morto na Baixada é enterrado - Márcio Mercante/Agência O Dia

Vários parentes do major foram para o local do crime. A esposa do policial precisou receber atendimento médico ao saber da morte do marido. O casal e o único filho, de 3 anos, moravam no bairro há pouco mais de um ano e haviam chegado de viagem na segunda-feira passada.

"Ela precisou receber um medicamento na veia porque ficou muito nervosa. O filho é pequeno e amava o pai", disse uma moradora, que não quis se identificar.

Operação do Bope no Dendê

O major Luna era lotado no 17º BPM (Ilha do Governador) e estava na corporação há 17 anos. Ontem à tarde, horas depois do assassinato do major Alan de Luna, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciaram uma operação no Morro do Dendê, na Ilha do Governador. De acordo com a corporação, não houve registro de prisões ou apreensões na comunidade.

Com a morte do major, sobre para 83 o número de policiais militares mortos este ano. 

 

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