Rio - A Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal realizaram uma operação contra uma quadrilha de traficantes que enviava armas e drogas da Região Sul para o estado do Rio. O objetivo foi cumprir seis mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão em cidades de Santa Catarina e Paraná, nesta quarta-feira (7). Na ação, cinco suspeitos foram presos e um ainda está foragido.
A operação contou ainda com o apoio operacional da Polícia Civil do Paraná, através do DENARC, e da Polícia Civil de Santa Catarina, através do DEIC, que junto com a Polícia Civil do Rio e a PRF, cumpriram os mandados emitidos pelo Juízo Único de Mangaratiba.
Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal prenderam cinco integrantes de uma quadrilha que enviava armas e drogas da Região Sul para o estado do Rio, durante a segunda fase da operação Patrone realizada nesta quarta-feira (7). #ODia Créditos: Divulgação pic.twitter.com/VCeQS0eeTZ
De acordo com a Polícia Civil, dos cinco mandados, dois foram contra o casal Anderson Luiz e Tatiana Rodrigues que já estão presos desde a primeira fase da operação, que ocorreu no dia 13 de outubro deste ano e ao todo prendeu quatro integrantes de uma quadrilha que era responsável por enviar armas para o estado do Rio de Janeiro.
Na ação anterior, além de Anderson Luiz e Tatiana Rodrigues, foi preso um outro casal, identificados como Jeferson Farias e Kauane Mattos, que transportavam um fuzil, uma pistola e farta munição de Santa Catarina para o Rio de Janeiro.
A investigação teve continuidade e foi demonstrado que Anderson Luiz Miguel, chefe do tráfico foragido do Paraná, que vivia no Rio de Janeiro com a identidade falsa de Anderson Alves da Silva, se passando por empresário, continuava a controlar a quadrilha que vendia drogas na região do Pontal do Paraná, no estado do Paraná. Além disso, também foram identificados fornecedores de armas e munições da quadrilha de Anderson naquele estado, inclusive de algumas que foram transportadas para São Paulo e Rio de Janeiro.
Divisão da quadrilha
A quadrilha se dividia em núcleos onde havia a comercialização de drogas, especialmente cocaína e skunk, além da venda ilegal de armas e munições, que foram transportadas para São Paulo e Rio de Janeiro. Luis Eduardo Carvalho, conhecido como Edu, teria ficado como responsável pelo tráfico no Pontal do Paraná, na praia do Leste, tendo "arrendado" os pontos de droga do local de Anderson, pagando valores a ele regularmente.
Já Paulo Ricardo Antunes e Marcelo da Silva Medeiros seriam traficantes de drogas no Paraná, que negociavam cocaína e skunk comercializadas por Jeferson, a mando de Anderson. A cocaína era identificada através de símbolos impressos em suas embalagens e nos tabletes, referenciados como "red bull" e "golfinho", já o skunk era chamado de "DR", alcançando preços acima de R$ 20.000/Kg.
Tiago Gilser dos Santos negociou armas com Jeferson e vendeu uma espingarda calibre 12 que foi entregue pelo último em São Paulo, para um contato indicado por Anderson. Enquanto Wellinton Richard Ferreira Gonçalves entregou, em Curitiba, as munições que foram transportadas por Jeferson na viagem ao Rio de Janeiro.
Por fim, Rosimeri Silva de Souza foi usada por Anderson como laranja, sendo abertas em seu nome contas bancárias e uma empresa de exportação de grãos em Itaguaí, no Rio de Janeiro.
A Polícia Civil ainda não divulgou quais suspeitos foram presos nesta quarta (7).
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