O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) Duque de CaxiasReprodução G.Maps

Rio – Policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias prenderam, no fim da tarde desta quinta-feira (15), um suspeito de abusar sexualmente e engravidar a própria filha, de 13 anos, no bairro São Bento, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O homem, de 42 anos, foi detido em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Ele foi agredido por moradores da região e levado à delegacia  após a jovem dizer aos agentes onde o objeto estava escondido.
De acordo com a Polícia Civil, a arma seria usada para fazer com que a filha ficasse quieta e não reagisse aos supostos abusos, que aconteceriam todas as vezes que a mãe da menina saía de casa. Ele teria chegado a declarar a uma parente que mataria todas as pessoas da família da vítima caso fosse preso.
Quando perguntada sobre o bebê, a vítima afirmava afirmava que o pai era um colega de escola que se mudou, informação investigada e descartada pelos agentes.
"Uma tia, irmã da mãe, achou a história estranha. Na última semana, essa tia presenciou uma situação estranha na casa e chamou a vítima para sair. Então, ela começou a questionar a criança sobre a paternidade. Depois de muito questionamento, a menina confirmou que era abusada pelo pai e que o filho era dele. Em seguida, essa tia contou para uma tia-avó, que veio na delegacia e registrou um boletim de ocorrência", disse a delegada em exercício Vanessa Martins, da Deam de Caxias.
O homem e a mãe da vítima estão juntos há cerca de 25 anos, mas se separaram quando ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas. A garota nasceu enquanto ele ainda estava detido e, por isso, não foi registrada como sua filha.
Após a soltura do suspeito, eles voltaram a se relacionar e morar juntos no bairro São Bento. Segundo a Polícia Civil, a mãe não estava ciente dos abusos sofridos pela jovem. A família, mesmo após entender a situação, resolveu preservá-la, já que ela também estava grávida e teve um bebê há um mês.
As investigações ainda estão em andamento para averiguar a suspeita de abuso e confirmar a identidade do pai do bebê da garota grávida. A Polícia Civil solicitou medidas protetivas para a vítima.