A 5ªDP (Centro) registrou o maior números de casos na cidade entre janeiro e outubro Reprodução

Rio - O ano que marcou a volta das atividades presenciais após a pandemia também foi de aumento no número de furtos na cidade. Entre janeiro e outubro de 2022, o Rio registrou um aumento de 79,1% na quantidade de furtos a pedestres em relação a 2021. Apenas na capital, 9.722 casos foram informados à Polícia Civil nos dez primeiros meses deste ano, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), contra 5.428 no ano anterior.
De todas as 41 delegacias do município, apenas cinco não identificaram aumento no número de furtos a pedestre em comparação com o mesmo período do ano passado. A situação mais crítica é a do Centro, onde o número de casos registrados pelo menos dobrou em todas as unidades que atendem a região. A 7ª DP (Santa Teresa) teve o pior índice de toda a cidade, com quatro vezes mais furtos (316,7%) que nos dez primeiros meses de 2021. A Polícia Civil considera o fim do período de isolamento social determinante para tamanha diferença.
“A comparação está sendo feita com um período em que ainda havia impacto da pandemia e do isolamento social. Tal recorte não representa a realidade quando se compara o ano de 2022 com o de 2019”, disse a instituição em resposta à reportagem, por meio da assessoria de imprensa, que completou: "A atuação operacional da Polícia Civil é com base em inteligência, investigação e ação; e todos os casos registrados são investigados a fim de identificar e prender os autores. As ações de combate a este tipo de delito acontecem em conjunto com outras forças de segurança pública".
A delegacia que registra o maior número de casos em números absolutos também fica no Centro, a 5ª DP, que ainda atende ocorrências da Lapa e de Paquetá. Assim como no ano passado, a unidade lidera a lista de furtos a transeuntes, mas desta vez com 1.033 casos, 136,9% a mais que os 436 de 2021. Em seguida aparece a 1ª DP (Centro), com 985 ocorrências.
Em outras partes da cidade, oito delegacias também tiveram pelo menos o dobro do número de casos registrados, seis na Zona Norte, uma na Zona Oeste e uma na Zona Sul. Os piores dados são os da 24ª DP (Piedade), com aumento de 252,4%, e da 39ª DP (Pavuna), com 214,3%, nas quais houve mais que o triplo de furtos a pedestres em relação a 2021. 
Direção oposta
Na contramão da maior parte da cidade, a 22ª DP (Penha) apresentou redução de 41,4% no número de casos, com apenas 82 ocorrências depois de 140 no ano anterior. A 11ª (Rocinha), a 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e a 28ª DP (Campinho) registraram queda 52,9%, 22,5% e 5,5%, respectivamente. Já na 43ª DP (Sepetiba), não houve variação, com 18 em cada ano.
Procurada por O DIA, a Polícia Militar não respondeu até a publicação desta matéria.