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A bióloga Érika Pacheco de Figueiredo, 43, levou Gabriel, de 4 anos, junto com a irmã mais velha e a terapeuta ocupacional do menino para a exposição, mas a demora na fila fez com que a criança enfrentasse dificuldades na espera. Segundo Érika, ficar na fila fazia parte da terapia do filho, mas a entrada de grupos pequenos por vez no museu fez com que o menino ficasse impaciente com a demora. Enquanto esperava, ele chegou a ser jogar e deitar no chão e, nesse momento, a mãe pediu ajuda à uma funcionaria, explicou que Gabriel era autista e questionou se a atração contava com fila prioritária. \\\"Ela falou exatamente com essa palavras: 'o que a senhora quer que eu faça, passe ele na frente das outras pessoas?\\\", relatou. Ao esclarecer que o filho tem direito a prioridade, garantida por lei, a funcionária não teria respondido e dado as costas para eles. A mãe então foi aconselhada pela terapeuta a permanecer na fila comum para tentar fazer o menino se acalmar. Em seguida, outra colaboradora perguntou aos visitantes se eles estavam animados para a atração, no que Érika aproveitou para relatar o episódio e dizer que eles já estavam na fila há bastante tempo e inclusive passado em alguns minutos do horário programado para a entrada. Ainda segundo a bióloga, a funcionária perguntou se ela queria entrar só com o filho na frente de outros visitantes, mas mesmo tendo aceitado, a colaboradora seguiu andando e explicando para outras pessoas como funcionava a exposição. A mãe conta que quem estava na fila se senbilizou com a situação da criança e deixou a família entrar primeiro. Após a saírem do museu, a mulher pediu para que a responsável do local fosse chamada e descobriu se tratar da mesma colaboradora para quem ela havia se queixado antes. Érika então explicou para a gerente que algumas crianças como Gabriel têm direito à prioridade porque podem sofrer crises, em especial em locais com muitas pessoas. Ao lembrar que chegou a aceitar a oferta de entrar antes dos outros visitantes, a colaboradora disse que acabou não deixando, porque eles já iriam entrar, devido ao horário agendado. A funcionária chegou a justificar que a atração recebe diversas crianças autistas e que todas sempre aguardam na fila, sem pedir prioridade. Durante a discussão, a gerente também alegou que haveria um constrangimento para a família se outras pessoas ouvissem que o menina era autista. \\\"Eu falei: 'constrangimento causa quando a gente tem vergonha de alguma coisa. Você não vai estar causando constrangimento, você vai estar explicando as pessoas que ele tem uma necessidade especial. Todas as pessoas estão conscientes dessas necessidades e não vai ter constrangimento, porque eu não tenho vergonha do meu filho ser autista\\\". Insatisfeita com o comportamento da gerente, Érika chegou a pedir para conversar com outro responsável pelo museu, no que ela afirmou que não havia, mas a mãe descobriu que a atração conta também com uma coordenadora e disse que faria uma reclamação para a profissional. Para a biólogo, é necessário que os espaços estejam adaptados para receber crianças com necessidades especiais. \\\"A gente gostaria que as pessoas tivessem consciência do que é o autismo ou uma pessoa que tenha necessidades especiais. Isso não é vergonha, as pessoas precisam estar acostumadas que essas crianças existem, que elas têm todo o direito de brincar e que, às vezes, a gente só precisa passar na frente de alguém, de uma ajudinha. A luta da comunidade autista é para que as pessoas entendam que não são eles que precisam se adaptar a nós, a gente precisa estar adaptado a eles. Um pouco de empatia é só o que a gente tenta e pede para as pessoas\\\", desabafou Érika. A mãe de Gabriel procurou o VillageMall que entrou em contato com ela nesta sexta-feira (6), lamentou a situação e afirmou que tomaria providências. A família foi convidada para conhecer o shopping que também é administrado pela Multiplan em Campo Grande, na Zona Oeste, e conta com espaço especial para crianças autistas. Em nota, o Museu Mais Doce do Mundo afirmou que lamenta o episódio e esclareceu que desde a abertura, \\\"está devidamente preparado e vem recebendo adequadamente pessoas com qualquer tipo de necessidade especial, inclusive o público com transtorno do espectro autista\\\". A organização também ressaltou que \\\"toda a equipe está treinada e capacitada para atender com excelência seus visitantes para que a experiência seja vivida da melhor forma por todos\\\". Sobre o caso com Gabriel, a atração disse que \\\"a criança citada, quando identificada pela família, recebeu toda prioridade e assistência\\\". Transtorno Espectro Autista De acordo com o Ministério da Saúde, o Transtorno Espectro Autista (TEA) é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, que podem englobar alterações qualitativas e quantitativas da comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e do comportamento, como ações repetitivas, hiperfoco para objetos específicos e restrição de interesses. Em 2012, foi sancionada a Lei Federal 12.764\/12 que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A legislação ganhou o nome da ativista pelos direitos dos autistas e coautora da proposta Berenice Piana. 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Mãe relata que museu em shopping da Barra negou prioridade a filho autista

Gerente da atração teria dito que haveria constrangimento se outras pessoas soubessem que a criança tinha necessidades especiais

'Um pouco de empatia é só o que a gente pede para as pessoas', disse Érika, mãe de GabrielArquivo Pessoal

Rio - Uma mulher denunciou que o Museu Mais Doce do Mundo, no VillageMall, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, se recusou a dar prioridade na entrada da atração para seu filho autista, durante uma visita na última quarta-feira (4). A bióloga Érika Pacheco de Figueiredo, 43, levou Gabriel, de 4 anos, junto com a irmã mais velha e a terapeuta ocupacional do menino para a exposição, mas a demora na fila fez com que a criança enfrentasse dificuldades na espera. 
Segundo Érika, ficar na fila fazia parte da terapia do filho, mas a entrada de grupos pequenos por vez no museu fez com que o menino ficasse impaciente com a demora. Enquanto esperava, ele chegou a ser jogar e deitar no chão e, nesse momento, a mãe pediu ajuda à uma funcionaria, explicou que Gabriel era autista e questionou se a atração contava com fila prioritária. "Ela falou exatamente com essa palavras: 'o que a senhora quer que eu faça, passe ele na frente das outras pessoas?", relatou. 
Ao esclarecer que o filho tem direito a prioridade, garantida por lei, a funcionária não teria respondido e dado as costas para eles. A mãe então foi aconselhada pela terapeuta a permanecer na fila comum para tentar fazer o menino se acalmar. Em seguida, outra colaboradora perguntou aos visitantes se eles estavam  animados para a atração, no que Érika aproveitou para relatar o episódio e dizer que eles já estavam na fila há bastante tempo e inclusive passado em alguns minutos do horário programado para a entrada. 
Ainda segundo a bióloga, a funcionária perguntou se ela queria entrar só com o filho na frente de outros visitantes, mas mesmo tendo aceitado, a colaboradora seguiu andando e explicando para outras pessoas como funcionava a exposição. A mãe conta que quem estava na fila se senbilizou com a situação da criança e deixou a família entrar primeiro. Após a saírem do museu, a mulher pediu para que a responsável do local fosse chamada e descobriu se tratar da mesma colaboradora para quem ela havia se queixado antes.
Érika então explicou para a gerente que algumas crianças como Gabriel têm direito à prioridade porque podem sofrer crises, em especial em locais com muitas pessoas. Ao lembrar que chegou a aceitar a oferta de entrar antes dos outros visitantes, a colaboradora disse que acabou não deixando, porque eles já iriam entrar, devido ao horário agendado. A funcionária chegou a justificar que a atração recebe diversas crianças autistas e que todas sempre aguardam na fila, sem pedir prioridade. 
Durante a discussão, a gerente também alegou que haveria um constrangimento para a família se outras pessoas ouvissem que o menina era autista. "Eu falei: 'constrangimento causa quando a gente tem vergonha de alguma coisa. Você não vai estar causando constrangimento, você vai estar explicando as pessoas que ele tem uma necessidade especial. Todas as pessoas estão conscientes dessas necessidades e não vai ter constrangimento, porque eu não tenho vergonha do meu filho ser autista".
Insatisfeita com o comportamento da gerente, Érika chegou a pedir para conversar com outro responsável pelo museu, no que ela afirmou que não havia, mas a mãe descobriu que a atração conta também com uma coordenadora e disse que faria uma reclamação para a profissional. Para a biólogo, é necessário que os espaços estejam adaptados para receber crianças com necessidades especiais. 
"A gente gostaria que as pessoas tivessem consciência do que é o autismo ou uma pessoa que tenha necessidades especiais. Isso não é vergonha, as pessoas precisam estar acostumadas que essas crianças existem, que elas têm todo o direito de brincar e que, às vezes, a gente só precisa passar na frente de alguém, de uma ajudinha. A luta da comunidade autista é para que as pessoas entendam que não são eles que precisam se adaptar a nós, a gente precisa estar adaptado a eles. Um pouco de empatia é só o que a gente tenta e pede para as pessoas", desabafou Érika. 
A mãe de Gabriel procurou o VillageMall que entrou em contato com ela nesta sexta-feira (6), lamentou a situação e afirmou que tomaria providências. A família foi convidada para conhecer o shopping que também é administrado pela Multiplan em Campo Grande, na Zona Oeste, e conta com espaço especial para crianças autistas.
Em nota, o Museu Mais Doce do Mundo afirmou que lamenta o episódio e esclareceu que desde a abertura, "está devidamente preparado e vem recebendo adequadamente pessoas com qualquer tipo de necessidade especial, inclusive o público com transtorno do espectro autista". A organização também ressaltou que "toda a equipe está treinada e capacitada para atender com excelência seus visitantes para que a experiência seja vivida da melhor forma por todos". Sobre o caso com Gabriel, a atração disse que "a criança citada, quando identificada pela família, recebeu toda prioridade e assistência".
Transtorno Espectro Autista
De acordo com o Ministério da Saúde, o Transtorno Espectro Autista (TEA) é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, que podem englobar alterações qualitativas e quantitativas da comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e do comportamento, como ações repetitivas, hiperfoco para objetos específicos e restrição de interesses.
Em 2012, foi sancionada a Lei Federal 12.764/12 que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A legislação ganhou o nome da ativista pelos direitos dos autistas e coautora da proposta Berenice Piana. Dentre as determinações da legislação, está o artigo que especifica que autistas têm todos os mesmos direitos previstos por lei para o grupo de pessoas com deficiência.
 
Mãe relata que museu em shopping da Barra negou prioridade a filho autista

Mãe relata que museu em shopping da Barra negou prioridade a filho autista

Gerente da atração teria dito que haveria constrangimento se outras pessoas soubessem que a criança tinha necessidades especiais

'Um pouco de empatia é só o que a gente pede para as pessoas', disse Érika, mãe de GabrielArquivo Pessoal

Rio - Uma mulher denunciou que o Museu Mais Doce do Mundo, no VillageMall, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, se recusou a dar prioridade na entrada da atração para seu filho autista, durante uma visita na última quarta-feira (4). A bióloga Érika Pacheco de Figueiredo, 43, levou Gabriel, de 4 anos, junto com a irmã mais velha e a terapeuta ocupacional do menino para a exposição, mas a demora na fila fez com que a criança enfrentasse dificuldades na espera. 
Segundo Érika, ficar na fila fazia parte da terapia do filho, mas a entrada de grupos pequenos por vez no museu fez com que o menino ficasse impaciente com a demora. Enquanto esperava, ele chegou a ser jogar e deitar no chão e, nesse momento, a mãe pediu ajuda à uma funcionaria, explicou que Gabriel era autista e questionou se a atração contava com fila prioritária. "Ela falou exatamente com essa palavras: 'o que a senhora quer que eu faça, passe ele na frente das outras pessoas?", relatou. 
Ao esclarecer que o filho tem direito a prioridade, garantida por lei, a funcionária não teria respondido e dado as costas para eles. A mãe então foi aconselhada pela terapeuta a permanecer na fila comum para tentar fazer o menino se acalmar. Em seguida, outra colaboradora perguntou aos visitantes se eles estavam  animados para a atração, no que Érika aproveitou para relatar o episódio e dizer que eles já estavam na fila há bastante tempo e inclusive passado em alguns minutos do horário programado para a entrada. 
Ainda segundo a bióloga, a funcionária perguntou se ela queria entrar só com o filho na frente de outros visitantes, mas mesmo tendo aceitado, a colaboradora seguiu andando e explicando para outras pessoas como funcionava a exposição. A mãe conta que 
Érika e Gabriel conseguiram visitar a atração após pessoas deixarem eles passarem na frente
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