MPRJ, em parceria com as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, deflagrou a Operação Stone, contra o tráfico em TeresópolisDivulgação / MPRJ

Rio - A Polícia Civil, a PM e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio realizaram, nesta sexta-feira (13), uma operação em Teresópolis, na Região Serrana, para cumprir 13 mandados de prisão preventiva e outros 13 de busca e apreensão, contra traficantes de drogas do Complexo PPR, formado pelas comunidades do Perpétuo, Pimentel e Rosário.
Os mandados da operação Stone foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Teresópolis. Seis traficantes já estavam presos. Pela manhã, mais seis foram detidos, dentre eles, duas mulheres, uma delas usando tornozeleira eletrônica. Um alvo ainda está foragido. As identidades de ambos não foram divulgadas. Além das prisões, drogas foram apreendidas no decorrer da ação, que foi realizada com apoio das polícias Militar e Rodoviária Federal.
Segundo o MPRJ, as investigações apontaram que Robson Francisco da Costa, conhecido como Cavalo, chefe da facção Comando Vermelho (CV) em Teresópolis, mesmo preso no Complexo Penitenciário de Bangu, mantém o controle, domínio e liderança das atividades do grupo, e inclusive estaria se aproveitando para estabelecer, dentro do presídio, novas conexões para a expansão da da quadrilha.
O traficante reforçou, dentro do cárcere, laços de parceria e cooperação com integrantes da facção que atuam no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. Depoimentos colhidos ao longo da investigação mostram que criminosos oriundos da Penha, além de serem responsáveis pelo transporte de drogas e armas para Teresópolis, estariam treinando os traficantes da cidade da Serra, fato que foi comprovado pelo aumento significativo do número de confrontos armados com a polícia ocorridos no Complexo PPR, além das grandes apreensões de crack, que giraram em torno de 200 mil pedras, durante o ano de 2022.
"A violência empregada pelos integrantes do Comando Vermelho contra as forças de segurança ficou ainda mais evidenciada a partir de evento ocorrido no dia 18 de maio de 2022, quando três equipes de policiais militares se dirigiram à comunidade do Perpétuo, com o intuito de apurar denúncia sobre a existência de elementos armados e, em plena luz do dia, foram recebidos a tiros, tendo um policial militar sido baleado", aponta um dos trechos da denúncia.
A pedido do Gaeco, a Justiça determinou que Cavalo seja transferido para um presídio federal, fora do estado do Rio, e colocado sob o Regime Disciplinar Diferenciado, que prevê a permanência do presidiário em cela individual, com limitações aos direitos de visita e de saída da cela.