Material apreendido durante a operação para combater o furto e receptação de materiais de concessionárias de serviços públicos Marcos Porto/Agência O DIA

Rio - O Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) realiza, nesta terça-feira (14), mais uma fase da "Operação Thanos" para reprimir e prevenir o comércio clandestino e a receptação de materiais metálicos de concessionárias de serviços públicos, dentre elas a SuperVia, principalmente cobre. Na ação, 15 estabelecimentos foram fiscalizados  nos bairros de Ricardo de Albuquerque, Anchieta, Madureira, Engenheiro Leal e Bento Ribeiro, todos na Zona Norte, e em Mesquita, na Baixada. Cinco pessoas foram presas em flagrante.

A força-tarefa é um desdobramento da operação Caminho do Cobre, que visa sufocar um dos elos da cadeia criminosa de receptação de cabos de cobre e outros equipamentos das concessionárias de serviços públicos, como: baterias estacionárias, cabos de fibra óptica, materiais de ferrovias, geradores, transformadores e placas metálicas, que afetam a continuidade da prestação de serviços essenciais e trazem sérios transtornos e riscos à população em geral.
"Atuamos em parceria com a Polícia Civil, mostrando detalhadamente todos os cabos e equipamentos que são furtados do nosso sistema. A SuperVia vai continuar apoiando toda e qualquer ação policial para acabar de vez com esse problema que prejudica nossos colaboradores e os passageiros", afirmou André Marques, Gerente de Segurança da SuperVia.
A ação foi deflagrada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com o apoio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e contou, também,com a participação da Seop, Águas do Rio e Supervia, além das informações do Disque-Denúncia (2253-1177).

No último dia 7, Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou que já precisou desembolsar quase R$ 100 mil com a reposição de cabos roubados por toda a cidade. Segundo um levantamento feito pela CET-Rio, somente no primeiro mês do ano, 8.039 metros foram furtados.

Se comparado aos três últimos meses do ano passado, janeiro fica na frente de novembro, que teve gasto de pouco mais de R$ 66 mil e 5.433 metros furtados, e dezembro, quando a prefeitura precisou gastar R$ 95.756,71 por conta dos 7.777 metros de cabos roubados na cidade.

Janeiro só ficou atrás de outubro de 2022, onde foram desembolsados R$ 187.014,79 em todo o Rio. Nesse mês, foram registrados roubos de 14.339.