Morta após ser atropelada por sargento do Ecército, a diarista Dilceia Nascimento foi enterrada, neste domingo (5), no Cemitério do Murundu, na Zona Oeste do Rio Reprodução / Arquivo pessoal

Rio - Os filhos de Dilceia Nascimento, de 52 anos, morta ao ser atropelada por um veículo desgovernado enquanto conversava com uma amiga em Realengo, na Zona Oeste, na noite de sexta-feira passada (3), prestaram depoimento nesta segunda-feira (6). 
Um dos filhos da diarista, Wallace Nascimento, disse que os parentes torcem para que o sargento do Exército, Odilon Bustamante, suspeito de atropelar e matar Dilceia, pague pelo que fez. "Nós queremos Justiça. Queremos ele pague pelo crime que ele cometeu, sendo indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar), não por culposo", disse.
Ainda segundo Wallace, o sargento do Exército estava visivelmente embriagado no momento do acidente. "Ele já saiu do carro gritando e aparentando estar muito bêbado. Quando o pessoal foi para cima dele, para confrontá-lo, ele sacou uma arma e deu um tiro para o alto", afirmou.
O acidente ocorreu na Rua General Azeredo, em Realengo. Dilceia estava bebendo com uma amiga na calçada, quando o carro sem controle a atingiu. Ela morreu na hora. 
Fernanda, amiga de Dilceia, também foi atropelada e socorrida por uma ambulância do Samu. Ela está internada em uma unidade de saúde, onde deve passar por uma cirurgia. Segundo a família de Dilceia, o estado de saúde da amiga não é grave.
Odilon Bustamente chegou no começo da tarde desta segunda à delegacia para prestar depoimento na companhia de um advogado.
Em nota, o Comando Militar do Leste confirmou que a pessoa envolvida é, de fato, militar do Exército e que o caso está sob responsabilidade dos órgãos de Segurança Pública. O CML informou ainda que o Exército Brasileiro não compactua com irregularidades e repudia atitudes e comportamentos que estejam em conflito com a lei e com os valores militares.