Letycia Peixoto, de 31 anos, ao lado do companheiro Diogo ViolaReprodução/Redes sociais

Rio - A Justiça do Rio determinou, nesta quinta-feira (9), a prisão preventiva do professor Diogo Viola de Nadai, acusado de ser o mandante do assassinato da namorada, Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, que estava grávida de oito meses. Na decisão, o juiz Samuel de Lemos Pereira ressaltou que a audiência de custódia questiona a legalidade da prisão, não o mérito.
Diogo, de 39 anos, é apontado como o mandante da morte de Letycia, que aconteceu em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Grávida de oito meses, a jovem foi morta a tiros na noite do último dia 2 ao chegar do trabalho, por volta das 21h30. Ela conversava com a mãe quando foi surpreendida por dois criminosos em uma moto que atiraram cinco vezes na vítima. Câmeras de segurança flagraram a ação dos suspeitos.
Encaminhada ao Hospital Municipal Ferreira Machado, no Centro do município, elas não resistiu aos ferimentos. Os médicos conseguiram realizar o parto, mas o bebê morreu poucas horas depois. O caso segue sendo investigado pela 134ª DP (Campos) e, até o momento, cinco envolvidos já foram presos.
Pedido de dinheiro
O professor Diogo Nadai, preso nesta terça-feira (7), teria pedido R$ 16 mil para a vítima no dia do crime com o objetivo de pagar dívidas da sua loja. Letycia teria se negado a emprestar o dinheiro. A informação foi passada pela mãe da jovem, Cíntia Pessanha Peixoto Fonseca, de 49 anos, que também foi baleada no dia do crime.
"A declarante (mãe de Letycia) se recorda que no dia do crime, ou seja, dia 02/03/2023, na hora do almoço, a Letycia comentou que o Diogo pediu para que ela fizesse um empréstimo no valor de R$ 16.000,00 em nome dela, para que ele pudesse pagar as dívidas, mas ela negou, então ele disse que iria conseguir com um amigo. (...) Que a declarante sempre achou que o Diogo agia com falsidade nas atitudes relacionas à gravidez", informa um trecho da decisão.