Para os moradores, um dos objetivos do plantio coletivo é dar continuidade ao trabalho de reflorestamento e preservar a mata nativa do localDivulgação
Moradores de Botafogo se mobilizam para plantar e recuperar parque com mata nativa
Existe um Projeto de Lei para criação do corredor florestal e os "Amigos da Praça Radial Sul" esperam pela aprovação, para entrar no espaço e fazer uma revitalização ambiental
Rio - Integrantes do movimento coletivo “Amigos da Praça Radial Sul”, em parceria com o Instituto Ecoflora e a Associação de Moradores e Amigos de Botafogo (AMAB), se mobilizaram, neste domingo (12), pela preservação de uma área de mata nativa no bairro de Botafogo, na Zona Sul. Com a ajuda da Secretária do Ambiente e Clima, Tainá de Paula, os voluntários plantaram diversas mudas doadas pela Cedae, além de fazerem a manutenção de espécies nativas da Mata Atlântica.
Segundo a representante do grupo "Amigos da Praça Radial Sul", Silvana Câmara, o plantio simbólico é a realização de um sonho coletivo. “É o nascimento do Parque Maciço da Preguiça”, afirma a representante. A ideia da criação do parque veio no final de 2021, quando uma preguiça foi filmada fugindo do forte barulho da construção de um prédio na área de mata nativa. O parque ganhou o nome de "Maciço do Preguiça", em homenagem ao animal e por ele fazer parte do Maciço da Tijuca.
O terreno do parque se estende até a Rua Ministro Raul Fernandes, em Botafogo, e forma um corredor que passa por trás dos prédios até se juntar a Floresta da Tijuca. Existe um Projeto de Lei (PL) para criação do corredor florestal e os "Amigos da Praça Radial Sul" esperam pela aprovação, para entrar no espaço e fazer a revitalização.
De acordo com o Relatório de Informações Urbanísticas da Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU), a área é tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial na categoria Paisagem Cultural Urbana. No local moram diversas espécies de animais e algumas ameaçadas de extinção, como o bicho preguiça.
Para os moradores, um dos objetivos do plantio coletivo é dar continuidade ao trabalho de reflorestamento e preservar a biblioteca comunitária iniciada pelo vendedor de flores Seu Chagas, que faleceu no mês passado. “A praça não tinha plantas, não tinha gente e era perigosa. Seu Chagas foi um dos primeiros a ocupá-la e fazer a diferença. A biblioteca surgiu com o objetivo de trazer natureza, cultura, segurança e alegria. Antes eu não trazia meus filhos pequenos para cá e agora ela se tornou o principal local deles brincarem", disse Silvana.
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