Samuel morreu na quinta-feira após retornar ao complexo pediátrico em estado mais graveReprodução / Mídias Sociais
Familiares de criança que morreu após receber alta de UPA acusam negligência médica
Samuel da Silva Fernandes, de 9 anos, chegou a retornar no mesmo dia à unidade de saúde, com quadro grave, mas não resistiu
Rio - Familiares da criança que morreu na quinta-feira (9) após receber alta da UPA Dr. Walter Garcia Borges, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, acusam negligência médica por parte da responsável pelo atendimento. A Secretaria de Saúde do município abriu inquérito para apurar o caso.
Samuel da Silva Fernandes, de 9 anos, tinha síndrome de down e estava há dois dias com febre quando deu entrada na UPA, às 4h39 de quinta-feira. O menino foi atendido e passou por exame de raio-x, sendo constatado quadro de pneumonia. Ele recebeu alta da pediatra e foi recomendado tratamento domiciliar.
"Sem sombra de dúvidas houve negligência. No raio-x, o pulmão já estava 50% tomado, branco. Por que a médica não deu o remédio na veia quando viu isso? Por que não avisou que o hospital não tinha condições de ajudar o Samuel? Poderíamos ter corrido para outro hospital. Ela não foi honesta", disse a tia do garoto, que não quis se identificar, acrescentando que comprou o remédio receitado pela profissional, mas que o medicamento não surtiu efeito.
Ainda na quinta-feira, às 19h47, Samuel retornou à unidade de saúde em estado mais grave. Ele teria sido prontamente atendido e internado, recebendo cuidados na Sala Vermelha, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.
"Ele chegou de madrugada (na UPA), só tinham três crianças lá. Por que ele não recebeu a assistência que devia? A médica precisa pagar pelo que fez. O registro médico dela tem que ser cassado, até para que isso não ocorra com outras crianças, com outros familiares. Como uma médica não tem um pingo de empatia? Ainda mais com uma criança que é especial", desabafou a tia do menino.
Samuel foi enterrado na manhã deste sábado (11), no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, na Zona Norte. "É tudo muito triste. Ele era especial de todas as formas, com tanto amor que distribuía para a família, pros amigos. Eu não desejo isso para ninguém", completou a tia do menino.
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