Área de proteção que estaria sendo invadida fica entre o condomínio Novo Mundo e a Praia da ReservaReprodução/Google Earth
"Além do flagrante crime ambiental, com o desmatamento em área de preservação e os incalculáveis prejuízos à natureza já verificados no local, sabemos que todas as favelas do Rio de Janeiro iniciaram-se com pequenas invasões de terra como essa e, com tais ocupações de espaço, historicamente vemos o crescimento da criminalidade", diz a postagem nas redes sociais.
Os moradores alegam que os supostos invasores intimidam quem tenta se aproximar da área, inclusive mantendo cães para proteger o terreno tomado. Uma clareira, protegida por cerca, foi aberta no local. Um vídeo compartilhado nas redes sociais, mostra duas construções levantadas no terreno. A área é protegida pelos animais.
Procurada pelo O DIA, a Prefeitura do Rio, por meio da Subprefeitura da Barra da Tijuca e da Secretaria Municipal de Ambiente e Clima, confirmou o recebimento das denúncias e disse que enviou uma equipe de fiscalização para o local, nesta terça-feira (17). Os agentes, contudo, não identificaram nenhuma irregularidade ou crime ambiental.
“Recebemos (de canais diferentes) a mesma denúncia. Nossa equipe prontamente foi até o local e verificou que, para além de não termos um cenário de desmatamento e de ou outras infrações ambientais, as famílias moram na região há trinta anos. Estamos atentos para casos que precisem de intervenção por parte da Secretaria. Mas é primordial que também estejamos vigilantes para que não alimentemos nenhuma forma de briga de classes, onde as pessoas em situação de vulnerabilidade não podem morar próximos a bairros de classe média alta”, afirma a secretária de Ambiente e Clima do Município, Tainá de Paula.
Segundo o Subprefeito da Barra, Raphael de Lima, o local tem as mesmas três construções que tinha na última vistoria, feita em 2021, quando a Patrulha Ambiental esteve no local. "Foi constatado que nenhuma nova construção foi realizada, não havendo nenhum vestígio de obras ou melhorias no local, portanto, são infundadas as denúncias divulgadas. Vale ressaltar que são moradias com mais de duas décadas de existência, que são parte de uma ação judicial sobre ocupação de área em questão,” afirmou o subprefeito.
Após a vistoria, a Coordenadoria de Defesa Ambiental emitiu relatório oficial informando que não foi constatado desmatamento ou expansão. O órgão esclareceu ainda que irá iniciar um processo de fiscalização ambiental para apurar a questão fundiária das moradias e o acompanhamento da situação ambiental. "Visto que trata-se de Unidade de Conservação de Proteção Integral", finalizou.
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