Policiais apreenderam um fuzil AK-47 na Vila Aliança, no Complexo de Senador CamaráDivulgação
Rio - Policiais de quatro batalhões realizaram, nesta terça-feira (21), operações em várias comunidades das zonas Norte e Oeste do Rio. Cinco homens foram presos, além de barricadas terem sido retiradas. Durante os confrontos, 18 escolas foram fechadas e 4.879 crianças ficaram sem aulas na rede municipal de educação. Um posto de saúde e duas clínicas da Família tiveram que alterar o atendimento para oferecer mais segurança à população.
A maior das ações da Polícia Militar foi no Complexo de Senador Camará, Zona Oeste do Rio, onde equipes do 14º BPM (Bangu) realizaram incursões nas comunidades da Vila Aliança, Vila Moretti, Coréia, Cavalo de Aço, Rebu, Sapo, Sossego, 48, Bicho Solto, Sanda, Santo André, Fumacê, Triângulo, Batan, Batanzinho e Muquiço.
Na Vila Aliança, os policiais foram atacados a tiros por criminosos locais. Um deles, conhecido como Di Maria, gerente do tráfico, foi preso com um fuzil Ak-47 e 10 munições. Um veículo blindado da Polícia Militar enguiçou no meio do confronto e teve que ser rebocado. A ocorrência foi apresentada na 34ª DP (Bangu). Já no Muquiço, dois adolescentes foram detidos após os policiais encontrarem com eles seis aparelhos de telefone celular e o documento de identificação de uma mulher. Ambos foram conduzidos à 31ª DP (Ricardo de Albuquerque).
Devido às trocas de tiros, sete escolas municipais foram fechadas e 1.930 crianças ficaram sem aulas na Vila Aliança, segundo a Secretaria Municipal de Educação. Os confrontos em Bangu mudaram também a rotina de atendimento na saúde. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o Centro Municipal de Saúde Waldyr Franco, em Bangu, manteve o atendimento à população, mas suspendeu as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares. Já a Clínica da Família Sandra Regina Sampaio de Souza, em Senador Camará, interrompeu o funcionamento para segurança de profissionais e usuários.
Na Zona Norte, policiais do 16º BPM (Olaria), com o apoio de equipes do Núcleo de Apoio às Operações Especiais (NAOE), fizeram a remoção de barreiras físicas na região conhecida como Complexo de Israel. A ação, segundo a PM, teve como objetivo desobstruir as principais ruas do bairro de Brás de Pina próximas às favelas da Cidade Alta, Pica-Pau e Cinco Bocas. A Secretaria Municipal de Educação informou que 11 unidades na região foram impactadas em função de operações policiais, afetando 2.949 alunos.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, desde o mês de fevereiro o 16° BPM (Olaria) já removeu 46 pontos de bloqueio de vias na região denominada de Complexo de Israel, totalizando aproximadamente 47 toneladas de material recolhido.
Bem próximo, outras equipes do mesmo batalhão fizeram operação nas comunidades Morro do Trem e Jangada, em Vila Kosmos, favelas da Malvina e Juramento, em Vicente de Carvalho, além dos Complexos da Pedreira e do Chapadão, que pegam vários bairros da Zona Norte do Rio. Na Malvina, os policiais se depararam com um grupo de criminosos armados na localidade conhecida como Beco do Santa Fé. Três homens foram presos, sendo um deles conhecido como LC, com três pistolas, dois rádios transmissores e uma grande quantidade de drogas. As ocorrências foram apresentadas na 27ª DP (Vicente de Carvalho).
Já no Morro do Trem e Jangada, policiais militares realizaram uma ação para a repressão dos crimes de furto e roubos de veículos e cargas, assim como impedir as movimentações criminosas. De acordo com o comando da unidade, houve um confronto durante um deslocamento pela Avenida Pastor Martin Luther King Jr. Um homem suspeito foi ferido e encaminhado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, no bairro da Penha, onde permanece sob custódia. Segunda a Secretaria Municipal de Saúde, a Clínica da Família Ana Maria Conceição dos Santos Correia manteve o atendimento à população durante os confrontos, mas suspendeu as atividades externas.
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