No índice, o número de roubo seguido de morte e lesão corporal seguida de morte também tiveram aumentoArquivo/Pedro Ivo/Agência O Dia

Rio - Nos dois primeiros meses deste ano, o número de mortes violentas aumentou no Estado do Rio. Segundo levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), o índice de letalidade violenta, que abrange homicídio doloso, roubo seguido de morte, lesão corporal seguida de morte e morte por intervenção de agente do estado, registrou crescimento de 6% no bimenstre, em relação a 2022.
Somente em janeiro e fevereiro de 2023, foram contabilizados 768 mortes, sendo 405 delas no segundo mês do ano, com aumento de 12% nos registros mensais se comparado a 2022.
Se tratando de mortes por intervenção de agente do estado, o delito registrou redução de 1% no acumulado e de 5% no mensal no comparativo aos dois primeiros meses de 2022. Ao total, foram 198 mortes no primeiro bimestre de 2023, sendo 96 em fevereiro, os menores valores para o acumulado e para o mês desde 2017.
Em contrapartida, os roubos de rua (roubo a transeunte, roubo de aparelho celular e roubo em coletivo) diminuíram 10% no estado em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 8.881 casos entre janeiro e fevereiro, contra 9.909 em 2022, o menor valor para o período dos últimos 18 anos.
Outros indicadores estratégicos de crimes contra o patrimônio, como roubo de carga e de veículo, também registraram queda no período, de 8% e 7%, respectivamente. Nos roubos de carga, o número de casos foi o menor dos últimos 10 anos e, no de veículos, o menor desde 2011.
"Em primeiro lugar, é necessário destacar o trabalho integrado das polícias Civil e Militar. Sem isso, não chegaríamos a resultados tão relevantes. Temos investido em tecnologia e inteligência, além de melhorar as condições de trabalho dos policiais para levar cada vez mais segurança a quem mora e investe no nosso estado", ressaltou o governador Cláudio Castro.
Se tratando da segurança do estado do Rio, 5.972 pessoas foram presas em flagrante nos dois meses de 2023, 10 armas de fogo foram retiradas das ruas por dia, sendo um fuzil.
"A redução dos crimes contra o patrimônio, principalmente dos roubos de rua, na época do Carnaval, quando temos diversos blocos nas ruas, mostra que os esforços das polícias civil e militar estão sendo efetivos", afirmou a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz.