Assembleia no Largo do Machado decretou entrada em estado de greve dos profissionais da rede estadual de educaçãoDivulgação / Sepe

Rio - Profissionais da rede estadual de educação entraram em estado de greve nesta quarta-feira (22) como forma de protesto em busca de melhorias salariais para a classe e funcionários administrativos. Diversas manifestações foram realizadas em vias do Centro e da Zona Sul do Rio.
Segundo o Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), a categoria protesta para que o piso salarial nacional do magistério seja aplicado e que os funcionários administrativos não recebam abaixo do estipulado.
Uma assembleia realizada por profissionais da rede estadual de educação no Largo do Machado, na Zona Sul do Rio, decidiu pela entrada no estado de greve, ou seja, a categoria pode declarar greve em uma próxima assembleia caso o que foi exigido não seja cumprido pelo governo.
Os manifestantes chegaram a interditar o Túnel Santa Bárbara, que liga o Centro à Zona Sul, durante o ato. Os presentes também se reuniram na frente do Palácio Guanabara para cobrar o governo sobre o assunto.
Governo analisa pedidos
A Secretaria de Estado de Educação informou que recebeu representantes do Sepe nesta quarta-feira (22) e ouviu todas as reivindicações. A reunião contou com a presença da secretária de Educação, Roberta Barreto, e do subsecretário geral da Casa Civil, Adilson Faria. 
De acordo com o órgão, todas as reivindicações serão analisadas junto à comissão do Regime de Recuperação Fiscal. Em relação ao piso nacional dos professores, a SES explicou que existe um estudo sendo feito pela Casa Civil e pelas secretarias de Educação, Fazenda e Planejamento, a pedido do governador Cláudio Castro (PL).

Ao fim do encontro, foi acertada a data da próxima audiência entre as partes para o dia 12 de abril.
Profissionais do município também protestam
Os profissionais da rede municipal de educação realizaram uma greve de 24h nesta quarta-feira (22) como forma de protesto em defesa do piso salarial para todas as carreiras da educação e pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM).
De acordo com o Sepe, as reivindicações acontecem para ajustar a questão salarial, com perdas salariais desde 2019 que ultrapassam 30% de reajuste, segundo o órgão; o difícil acesso às escolas; má climatização; congelamento do ticket alimentação em R$ 10 há 11 anos; carência de profissionais nas escolas; falta de concursos públicos e a não convocação dos aprovados; superlotação das turmas; violência nas escolas e em seu entorno e a não implementação do 1/3 extraclasse.
A manifestação foi concentrada na frente da frente da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. Também procurada, a Secretaria Municipal de Educação respondeu que o novo piso salarial foi homologado em janeiro deste ano. Desde então as análises orçamentárias estariam sendo feitas para atender a demanda dos profissionais.
A SME completou que recebeu o Sepe, ouviu as propostas apresentadas e marcou uma nova data para discutir as pautas. Segundo a secretaria, 0,5% das escolas da rede foram afetadas, de forma integral, pelas paralisações de professores, que teve adesão de menos de 3% dos profissionais da rede.