Menina deu entrada na unidade de saúde para tratar de picada de mosquito que inflamouReprodução/Redes Sociais
"Eles dizem que ela não ganhou alta porque todos os médicos e todos os cirurgiões do hospital tem que avaliar ela, mas eu acho que ela já tem que ter alta, já tirou os pontos, o negócio da testa já passou por drenagem, tá tudo bem. E a Polícia precisa fazer a perícia no dedo dela, mas pra isso ela tem que ter alta”, explicou o pai, Tiago Lemos de Souza.
De acordo com a avó da menina, Adriana de Oliveira Souza, que esteve com a neta enquanto os pais foram à delegacia, Lara ainda está tomando antibiótico na unidade e segue em observação.
“A médica passou aqui e disse que ela deve tomar a última dosagem de forma venosa hoje. A gente achou que ela fosse receber alta hoje, mas parece que o clínico ainda não liberou porque eles ainda estão dando medicamento. Ela deve ter alta amanhã ou sexta, estamos esperando”, explicou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo informou que a criança continua internada e deve receber alta, ainda nesta semana, devido a boa evolução clínica e a avaliação da equipe multidisciplinar.
“A sindicância está em andamento, sem prazo para a conclusão. O hospital forneceu todos os documentos solicitados até o momento pela autoridade policial”. complementou em comunicado.
A família disse ao DIA que a pequena Lara deu entrada na unidade de saúde, na última sexta-feira (10), para tratar uma picada de inseto inflamada no rosto. Durante o atendimento, foi necessária a internação e colocação de um acesso intravenoso para tratamento com antibióticos. Para evitar que a menina mexesse no curativo, a médica responsável pediu que suas mãos fossem enfaixadas.
"Ela já estava para ter alta. A técnica foi cortar a atadura que estava envolta na mão da Lara, porque ela estava com acesso para tomar antibiótico. Quando ela foi tirar, entrou com a tesoura e cortou o dedo dela inteiro. Nós achamos que ela tinha picotado, mas ela arrancou o dedo todo. As pessoas até diziam que a Lara estava chorando e gritando muito. Depois disso, a mãe foi tirada da sala e levada para a espera", afirmou a avó da menina, Adriana Lemos.
Ao perceber o sangue, a equipe médica foi acionada e a mãe retirada do local, sem saber a gravidade do que tinha acontecido, conta a avó. A menina então foi levada ao centro cirúrgico, onde teve parte do dedo mindinho amputado
"A enfermeira falou que foi um 'piquezinho', um cortezinho no dedo. Ontem eu fiquei de 10h às 17h tentando ver o que tinha acontecido mesmo, mas a médica falou que não poderia abrir, porque infeccionaria. Ela disse que tinha que esperar o cirurgião. Falou para aguardar, mas eu disse que ia abrir, porque trabalho com a área de saúde", lembrou.
Segundo a familiar, a equipe "parecia querer esconder" o incidente. "Não me deixavam tirar foto. Diziam que não podia tirar foto, que tinha uma lei. Esconderam até a última hora. A mãe pensava que era um cortezinho, quando abriu a gente viu que era quase metade do dedo. Parecia que queriam esconder. Levaram até para um quarto separado. Até disse que não entendia o porquê. Foi aí que disseram que estavam fazendo aquilo porque tinha acontecido um erro médico", reforçou.
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