A nova delegacia poderá desafogar equipes da Draco que atualmente lidam com os grupos paramilitaresDivulgação
Polícia Civil poderá ter delegacia especializada no combate às milícias
Indicação legislativa protocolada pelo presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, e pelo deputado Márcio Canella pede a criação da nova divisão
Rio - Uma indicação legislativa feita por dois deputados da Alerj, nesta quarta-feira (22), pede a criação de uma delegacia especializada exclusivamente para o combate às milícias no Rio. De acordo com o requerimento dos parlamentares, Márcio Canella (União) e do presidente da assembleia legislativa, Rodrigo Bacellar (PL), o objetivo do projeto é frear o crescimento dos grupos paramilitares nos territórios fluminenses.
Chamada de Delegacia Especializada de Repressão às Milícias Privadas do Estado do Rio de Janeiro, a divisão poderá aliviar a carga de atividades assumidas atualmente pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco).
"Combater esse mal que tanto perturba a nossa sociedade, que tanto perturba o nosso povo. Tomamos essa iniciativa aqui hoje, protocolamos na Assembleia. Na certeza de que será acatada pelo nosso governador Cláudio Castro. É para poder trazer mais segurança para o nosso povo, combater esse mal e trazer dias melhores para a população do nosso Estado", disse o deputado Márcio Canella, em vídeo compartilhado nas redes sociais.
A indicação dos parlamentares se baseia em diversos levantamentos que apontam o crescimento da violência em áreas dominadas pela milícia. Um boletem feito pelo Instituto Fogo Cruzado revelou que, no ano passado, a taxa de homicídios dolosos nas regiões controladas pelos paramilitares foi similar ao registrado em comunidades dominadas por facções.
De acordo com a Alerj, a indicação é a proposição em que são solicitadas medidas de interesse público, cuja iniciativa legislativa ou execução administrativa seja de competência do Poder Executivo ou judiciário. No caso das indicações legislativas como a feita pelos deputados, é necessário que o governo envie uma Mensagem à Assembleia por força de competência constitucional.
A reportagem do DIA procurou o Governo do Estado sobre a resposta quanto a indicação legislativa, mas até o momento nenhuma retorno foi enviado.
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