Segundo a família, que esteve, na manhã deste sábado (25), no IML do Centro para a liberação do corpo, ele deu entrada em estado grave na unidade de saúde e apresentou piora nos últimos dias.
Em entrevista ao DIA, os familiares criticaram a falta de apoio por parte das empresas de ônibus envolvidas no acidente. Rodolfo voltava do trabalho no coletivo da linha 397 (Campo Grande x Candelária), na noite da última quarta-feira (22), quando a colisão ocorreu.
"Ficamos esses dias no hospital, ele internado em estado grave e ninguém apareceu para prestar suporte. Ninguém mesmo. Nem uma ligação sequer nós recebemos. São duas empresas envolvidas no acidente que resultou na morte de um trabalhador e ninguém nos procurou", criticou Wanderson Rampi, cunhado do garçom.
Segundo o familiar, Rodolfo tinha realizado o sonho de voltar a trabalhar de carteira assinada recentemente. O garçom vivia de bicos até o mês passado e estava feliz por poder proporcionar uma condição melhor para a esposa e os dois filhos.
"Ele tinha comunicado a esposa que estava indo para o trabalho e depois ela não conseguiu mais falar com ele. O Rodolfo estava feliz com tudo que vinha acontecendo com ele", lamentou Wanderson.
Rodolfo será enterrado neste domingo, às 11h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio. O garçom deixa mulher e dois filhos.
O acidente
A batida entre os coletivos aconteceu por volta das 22h, no sentido Zona Oeste da Avenida Brasil, próximo ao viaduto da Linha Vermelha. Uma faixa da pista lateral chegou a ficar ocupada e só foi totalmente liberada para o tráfego no final da madrugada de quinta-feira (23). Dos 18 feridos, 16 foram socorridos ao Hospital Souza Aguiar, no Centro. Outros dois, entre eles Rodolfo, foram para o Salgado Filho, no Méier.
O Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus, foi procurado pela reportagem para falar sobre o caso, mas até o momento não se manifestou.
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