A médica veterinária Nelly Boechat foi vítima de atropelamentoReprodução/Redes Sociais
De acordo com a denúncia, o crime aconteceu após Nelly e sua irmã se desentenderem com Mauro. Ao embarcarem no veículo, o acusado começou a reclamar que a vítima e sua irmã não estavam no local demarcado pelo GPS do aplicativo. Elas rebateram a fala dizendo que estiveram o tempo todo no lugar indicado.
Com isso, iniciou-se uma discussão entre os três e Mauro decidiu que não continuaria mais a viagem. Nelly e a irmã saíram do veículo, mas perceberam que a corrida não tinha sido cancelada. Quando questionaram sobre o encerramento da viagem, Mauro disse que elas deveriam cancelar e que tudo estava sendo gravado e seria reportado à plataforma.
A discussão continuou, e Nely avisou que chamaria a Polícia Militar para resolver o caso. Nesse momento, a vítima parou na frente do carro de Mauro para impedi-lo de partir, mas, conforme o inquérito policial relatou, o acusado arrancou com o carro assim que o sinal abriu e passou por cima de Nely. Não satisfeito, Mauro ainda deu ré e passou novamente por cima da vítima.
Na ocasião, segundo relato da irmã da vítima, Liliane Boechat, o motorista atingiu sua irmã de forma proposital para evitar que ela chamasse a polícia para ele.
"O motorista foi rude desde o início e acabamos perdendo a paciência, ele passou por cima da cabeça, braços e barriga dela. Quem viu fui eu que ainda tentei segurar na janela do carro, sei lá, numa tentativa de não deixar ele fazer aquilo. Ele atropelou covardemente uma pessoa que ameaçou chamar a polícia caso ele não cancelasse a corrida", contou Liliane.
A denúncia ressalta que Mauro atropelou Nely na tentativa de matá-la, agindo de forma cruel. A ação causou diversos ferimentos e traumas graves na vítima que só não morreu porque foi socorrida rapidamente pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar.
“O motorista só acelerou no momento em que percebeu que a passageira não estava mais no seu campo de visão. Além disso, a defesa informa que é absolutamente inverídica a alegação de que o motorista teria dado ré após atropelar a passageira, e que há provas disso no processo”, explicou.
A defesa alega ainda que em momento algum Mauro foi agressivo com as passageiras, o que será comprovado pelos áudios gravados após o acionamento do botão de pânico da Uber pelo motorista.
“A prisão preventiva do senhor Mauro é absolutamente desnecessária, já que se trata de pessoa primária, com mais de 50 anos, e que nunca se envolveu em qualquer acidente, que trabalha como motorista há mais de 6 anos, com mais de 16 mil corridas com a Uber e que não oferece qualquer risco ou ameaça à senhora. Nelly e demais testemunhas”, disse.
Por fim, a defesa informa que o motorista se apresentou voluntariamente para cumprimento de todos os mandados de prisão, que vem colaborando integralmente com a Justiça para o correto esclarecimento dos fatos e que se solidariza e preza pela rápida recuperação da passageira
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