Uma das vítimas do policial foi atingida na região da bacia; carro foi apreendido para realização de períciaReprodução

Rio - O policial militar Rodrigo Sena Rodrigues Silva, preso na madrugada desta sexta-feira (7) suspeito de tentativa de homicídio, teve a sua prisão em flagrante convertida para preventiva pela Justiça. Na ocasião, o agente atirou nove vezes contra dois advogados que passavam de carro pela Via Light, na altura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
As investigações apontaram que o agente atirou em direção ao veículo dos advogados, acertando uma das vítimas na região da bacia. Em seu depoimento, Rodrigo disse aos investigadores que pensou que estava sofrendo uma tentativa de roubo e que as vítimas teriam mostrado uma arma de fogo pra ele. Contudo, nenhuma arma foi encontrada no carro dos advogados. Não há informações sobre o estado de saúde do homem que foi atingido por um dos tiros.
Segundo o juiz Pedro Ivo Martins Caruso D'Ippolito, em audiência realizada na tarde desta sexta-feira (7), a prisão do PM é necessária para garantia da ordem pública já que Rodrigo está sendo investigado por um crime grave.
"Extrai-se, da empreitada delitiva, destacada gravidade da conduta, o que, por consequência, demonstra a periculosidade concreta do custodiado", escreveu o juiz.
O caso está sendo investigado pela 52ª DP (Nova Iguaçu). No auto da prisão em flagrante, a autoridade policial destacou que as informações iniciais sobre o caso não deixam dúvida que o policial tentou contra a vida dos advogados. 
"O mesmo, agindo com vontade livre e consciente, atentou contra a vida dos ocupantes do veículo Corolla, desferindo disparos de arma de fogo que acertaram o carona do Corolla na região da bacia, permanecendo claro o dolo de praticar o crime de homicídio, que não ocorreu por circunstâncias alheias à vontade do autor. Ressalte-se que os ocupantes do veículo Corolla não estavam armados e a situação de roubo só existia na mente do autor, não havendo justificativa plausível para sua conduta de desferir 09 tiros em direção ao veículo Corolla", registrou o policial.
Além da Polícia Civil, o caso também está sendo acompanhado pela 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), unidade subordinada à Corregedoria Geral da Polícia Militar. O órgão instaurou um procedimento apuratório interno para investigar a conduta do PM.