Rio - A Polícia Militar informou, neste sábado (8), que irá reforçar o policiamento em uma escola da rede municipal de educação na Gávea, Zona Sul do Rio, após receber uma denúncia sobre um massacre marcado para esta segunda-feira (10).
Mensagens que circulam em grupos do WhatsApp avisam sobre a possibilidade de ataques e mortes de diretores. De acordo com o comando do 23º BPM (Leblon), a unidade tem ciência de uma denúncia de um possível ataque em uma escola na Gávea através de redes sociais. Uma viatura do Patrulhamento Motorizado Especial (PAMESP) Escolar irá reforçar o policiamento na instituição de ensino, na segunda-feira (10).
Além dessa escola, a corporação informou que está à disposição de outras unidades para atuar em qualquer tipo de ameaça que possa colocar em risco a integridade dos estudantes e membros da comunidade escolar.
Como forma de patrulhamento, a PM conta com o Programa Patrulha Escolar e de Proteção à Criança e ao Adolescente. O projeto tem como principal objetivo a prevenção da violência no ambiente escolar, acompanhando e monitorando as unidades de ensino atendidas, sejam elas Municipais, Estaduais, Federais ou Privadas.
A corporação ressaltou ainda que a Patrulha Escolar está presente em todos os municípios fluminenses, com policiais capacitados e habilitados para desenvolver o policiamento, visitas e atendimentos das solicitações realizadas pelas escolas, oferecendo também diversos tipos de atividades como palestras, oficinas e projetos escolares, buscando atender alunos, pais e diretores.
Questionada sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Educação informou, neste sábado (8), que a direção da unidade escolar registrou um boletim de ocorrência e acionou a Ronda Escolar, assim como o batalhão de Polícia Militar da área.
ODIA apurou que o jovem foi à escola para atacar um professor e uma aluna, mas acabou sendo contido por funcionários da instituição. Há exatamente um mês, o mesmo aluno atacou um docente com ofensas racistas em outro colégio, em Ipanema.
O ataque na Gávea começou após outra jovem, que já era um alvo do adolescente, afirmar que 'ele não seria ninguém na vida'. Diante da provocação, o rapaz tentou esfaqueá-la, mas foi impedido por funcionários da escola.
Segurança nas escolas
No dia 30 de março, o governador Cláudio Castro (PL) anunciou a criação de um Comitê Permanente de Segurança Escolar, formado por forças de Segurança e representantes da Educação para coordenar políticas de proteção aos alunos dentro e fora das escolas. A primeira medida será a criação de um aplicativo que poderá ser utilizado nas redes públicas e privada do estado para acionar as polícias por meio de um botão de emergência.
Um treinamento do Bope e do Core para professores também será disponibilizado para professores na plataforma de ensino do estado Cecierj. As aulas serão inicialmente para a rede estadual de ensino e em seguida, para as redes municipais em convênio com o estado.
Para reforçar a segurança nas unidades escolares, Castro afirmou que autorizou a volta dos porteiros e inspetores para todas as escolas, mas ainda não há prazo para a volta dos profissionais.
A ideia do aplicativo surgiu, segundo o governador, após o ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, onde um adolescente de 13 anos esfaqueou uma professora, que morreu, e outras três professoras e dois alunos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.