Bruno Tonini, de 38 anos, estava ao lado do amigo cinegrafista Thiago Leonel Fernandes quando os dois foram atacados a tirosReprodução/Redes Sociais

Rio - Bruno Tonini Moura, de 38 anos, torcedor do Fluminense baleado na saída do Maracanã, no último dia 1º, após o Fla-Flu do primeiro jogo da final do Carioca, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Badim, nesta quinta-feira (13). Segundo o boletim médico da unidade, o torcedor teve melhora no quadro de saúde, mas ainda tem condição que inspira cuidados.
O paciente passou por extubação nos últimos dias, que é a retirada da ventilação mecânica. Com isso, Bruno agora se recupera sem a ajuda dos aparelhos. O quadro atual é parecido com o informado na última terça-feira (10).
A pedido de familiares e em respeito às diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) essas foram as únicas informações passadas pela unidade de saúde.
Bruno foi baleado após o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Fluminense. Ele e o cinegrafista Thiago Leonel Fernandes da Motta, 40 anos, foram atacados a tiros pelo policial penal Marcelo de Lima. Bruno foi atingido, mas sobreviveu. Já Thiago, não resistiu e morreu no local.
Marcelo foi preso em flagrante e, posteriormente, teve a prisão convertida em preventiva. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
De acordo com um amigo de Bruno, o tricolor fez uma cirurgia de emergência logo que chegou no hospital Badim, no Maracanã. Os ferimentos, contudo, o fizeram perder um pedaço do fígado, do intestino, baço e um dos rins.
Relembre o caso
O crime aconteceu em um bar na Rua Isidro de Figueiredo, no Maracanã, Zona Norte, após o Fla-Flu pelo Campeonato Carioca, no último dia 1º. De acordo com algumas testemunhas, Thiago teria sido morto pelo agente penal Marcelo de Lima após uma briga. No momento, a Polícia Civil e o MP investigam possíveis motivos da discussão.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que o agente não estava em serviço no momento do crime e disse que "repudia todo ato de violência praticado pelos seus servidores". A pasta informou ainda que será aberto um Procedimento Disciplinar Administrativo.