Enterro de Larissa Silvestre da Silva, de 26 anos, uma das vítimas do ataque a um ônibus em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Sepultada no Cemitério Nossa Senhora das Graças. Pedro Ivo

Rio – Larissa Silvestre da Silva, de 26 anos, que teve 90% do corpo queimado em um ataque a um ônibus em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no último dia 5, foi enterrada no Cemitério Nossa Senhora das Graças, conhecido como Cemitério Tanque do Anil, também em Duque de Caxias, nesta terça-feira (25).

O corpo da filha de Larissa, Heloíse Victoria da Silva Ribeiro, de 4 anos, outra vítima do ataque com queimaduras em 90% do corpo e que morreu um dia depois, foi enterrada no mesmo cemitério.


A família de Larissa estava muito abalada na cerimônia de despedida da jovem e não quis falar com a imprensa. O caixão com uma coroa de flores foi levado até a sepultura por um carro elétrico e seguido por parentes e amigos que foram dar o último adeus.

A jovem morreu no CTI do Hospital Caxias D'Or, no início da madrugada deste domingo (23). Ela ficou internada por 18 dias em estado grave após ter cerca de 90% do corpo queimado durante o incêndio criminoso ao coletivo, no dia 5 de abril. O autor do incêndio, Cleber da Conceição Sirilo, de 39 anos, também morreu, no último dia 12.
Larissa estava com a filha Heloíse no momento do ocorrido. De acordo com familiares, a jovem estava respondendo bem aos medicamentos e chegou a ter quadro estável, mas apresentou piora nos últimos dias.
"Até sexta-feira (21) ela estava aceitando bem às medicações e iria passar por uma cirurgia, que no caso seria esta segunda-feira (24), mas o estado de saúde dela ainda era bem grave ela veio a óbito", confirmou um familiar de Larissa.

Relembre o caso
Mãe e filha, além de outros três passageiros, ficaram feridos após Cleber da Conceição Sirilo, de 39 anos, atear fogo em um ônibus no fim da manhã do dia 5 de abril, no bairro Jardim 25 de Agosto, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Cleber também sofreu queimaduras e foi preso em flagrante. Ele estava custodiado no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, com 50% do corpo queimado, mas morreu no último dia 12.
Segundo testemunhas, o criminoso entrou no ônibus com um galão de gasolina e uma faca na mão. Após alguns metros, Cleber furou o galão e jogou o combustível sobre os passageiros, que foram impedidos de sair do coletivo.