Miliciano Tandera, líder da organização criminosa, é um dos procuradosDivulgação
Estão foragidos os milicianos Danilo Dias Lima, vulgo Tandera, Gilson Ingrácio de Souza Junior, vulgo Juninho Varão, Marcelo Morais dos Santos, vulgo Grande, Gigante, Chefão ou Eduardo, André Felipe Mendes, vulgo Rocha, Luiz Fernando Souza Alves, vulgo Fernandinho, Rodrigo Cardoso Ferreira, vulgo Digo, Anderson Ayrão de Siqueira, vulgo Leite Ninho, Arnaldo Belo santos, vulgo Naldinho, e Higor Augusto Maciel Amêndola, vulgo Faustão.
De acordo com as investigações, a organização criminosa é responsável por extorsões, homicídios, ameaças, grilagem de terras, agiotagem, exploração ilegal de areais, lavagem de dinheiro, entre outros crimes, principalmente na capital do Rio e nos municípios de Nova Iguaçu, Queimados e Seropédica, na Baixada Fluminense. A apuração também revelou a formação de uma “coalizão”, que seria uma espécie de acordo, entre candidatos a cargos eletivos para as eleições de 2020 e os líderes da milícia.
Ao longo das investigações foi possível constatar ainda que a quadrilha vem, por meio da prática de atos violentos e da imposição do terror, afirmando sua dominância sobre moradores e comerciantes das regiões onde atuam.
Os policiais localizaram também vídeos com cenas de tortura e execuções sumárias, praticadas de forma cruel. Os milicianos contam com uma estrutura hierárquica bem delineada, com divisão de funções e tarefas entre seus integrantes. Nos últimos anos, a associação criminosa passou a atuar de forma ainda mais complexa, buscando expandir seus negócios por meio da infiltração no poder público.
De acordo com a Polícia Civil, ele tem o olho de Tandera, símbolo dos Thundercats (desenho animado), tatuado no peito. E de acordo com informações obtidas pela corporação, seus principais aliados fizeram o mesmo desenho na pele. O criminoso é conhecido por seu comportamento extremamente violento. Ele faz questão de estar à frente de invasões em áreas dominadas por quadrilhas rivais, anda sempre com um fuzil e na companhia de diversos seguranças.
Ele integrava a maior milícia do Rio, quando rompeu com Wellington da Silva Braga, o Ecko, que então chefiava o grupo paramilitar. Em 2021, após a morte de Ecko, seu irmão, Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, herdou a quadrilha e manteve Tandera como inimigo.
Em agosto do ano passado, a polícia apreendeu 19 fuzis que pertenceriam à milícia de Tandera e apreendeu um carro-forte usado pelos milicianos para intimidar desafetos e para proteger criminosos durante confrontos com rivais.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.