Duas pessoas são presas durante ação com apoio do MPRJ contra expansão de facção
Ação é realizada em seis estados para cumprir 92 mandados de prisão e 38 de busca e apreensão contra contra a expansão do Comando Vermelho (CV) pelo Centro-Oeste do Brasil
Mulher foi presa no Centro do Rio - Reginaldo Pimenta/Agência O DIA
Mulher foi presa no Centro do RioReginaldo Pimenta/Agência O DIA
Rio - Duas pessoas foram presas durante a Operação BloodWorm, do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Grupo de Atuação Especializado no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), no Rio, nesta sexta-feira (5). Roberto Ricardo de Freitas Junior, apontado como chefe do Comando Vermelho (CV) no Centro-Oeste, foi preso na Barra da Tijuca, e uma advogada detida no Centro do Rio. A ação é realizada em seis estados para cumprir 92 mandados de prisão e 38 de busca e apreensão contra contra a expansão da facção pelo Centro-Oeste do Brasil.
Segundo informações do MPMS, a investigação durou 15 meses e desarticulou a atuação de criminosos do Comando Vermelho que tentavam estruturar e expandir a facção no Mato Grosso do Sul. A região se tornou importante rota do tráfico de drogas e de armas em razão de sua posição geográfica com a fronteira com o Paraguai e Bolívia.
Ainda de acordo com a investigação, os traficantes do CV passaram a fechar alianças com presos da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, com a ajuda de policiais penais corrompidos e de advogados a serviço da facção. "O uso criminoso dos aparelhos celulares e as ações de "pombo-correio" por advogados permitiam o contato entre os presos e seus comparsas em liberdade, a fim de traçar o planejamento de crimes como roubos, tráfico de drogas e comércio de armas", diz o MPMS.
Larva-vermelha
O nome da operação faz alusão à larva-vermelha (ou verme-sangue) de nome bloodworm, “que se trata de um verme conhecido por ser feroz, venenoso, desagradável e mal-humorado”.
"Destaca-se por sua coloração vermelha, por viver aglutinado aos demais da mesma espécie e pela grande capacidade de resistência em condições ambientais extremas. Além disso, ao se depararem com rivais, contam com seus dentes de cobre, que funcionam como verdadeiras armas, agindo de modo implacável para derrotá-los, características essas que possuem semelhanças com as ações violentas e hostis praticadas pela organização criminosa", descreveu o parquet.
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