Ludinir Santana é procuradoDivulgação
Suspeito de espancar e matar companheira é considerado foragido
Ludinir Santana, de 74 anos, já havia sido condenado em 2005 por assassinar outra mulher. Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso
Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) faz buscas para localizar Ludinir Santana, de 74 anos, principal suspeito de matar a socos a companheira Zenaide Mendes Pereira, de 68, dentro de casa, em Irajá, Zona Norte do Rio. O homem foi condenado em 2005 por matar a então companheira. Segundo Henrique Gaspar, amigo da família da vítima, parentes suspeitam que dona Zenaide vivia um relacionamento abusivo com o suspeito.
"A família suspeitava, mas sabe aquela história de 'em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher'? Mas não é isso, tem que acionar, tem que dar parte. Ela não tinha nenhuma medida protetiva contra ele, nunca fez nenhuma queixa. É um crime que poderia ter sido evitado", disse.
De acordo com as imagens captadas pelas câmeras de segurança da casa, o crime teria acontecido na madrugada de quarta para quinta-feira (4). Ludinir também aparece nas imagens saindo da casa, por volta das 6h de quinta-feira, aparentando calma e somente com a roupa do corpo. O neto da vítima estranhou o sumiço da avó e foi até a casa, onde a encontrou morta na cama, com um pano cobrindo o rosto.
"Ele a matou do mesmo jeito que matou a outra mulher, em 2005. É um marginal, temos que divulgar a cara dele. Foi um covarde, gosta de matar mulher dormindo. Infelizmente, ele já deve estar longe e saiu da casa já com uma rota de fuga", completou Henrique.
De acordo com familiares, Ludinir tem família em Minas Gerais e é proprietário de um apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Casal se conheceu na prisão
Zenaide conheceu Ludinir durante pregação no presídio onde ele cumpria a pena pelo crime de homicídio contra a companheira. A idosa era pastora e costumava fazer trabalho de evangelização nas unidades prisionais. Foi em uma dessas visitas que os dois se conheceram, há quatro anos.
A idosa foi encontrada por uma equipe do 41º BPM (Irajá) com ferimentos em várias partes do corpo, incluindo no rosto. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que cumpre diligências para localizar o suspeito.
A família compareceu ao Instituto Médico Legal (IML), na manhã deste sábado (6), para liberar o corpo da idosa. O sepultamento está marcado para acontecer no Cemitério de Irajá, neste domingo (7), às 11h.
Mais um caso de feminicídio
Outra caso brutal de feminicídio também está investigação da DHC. Aline Oliveira Silva, de 41 anos, foi morta a tiros na frente do filho, pelo ex-companheiro Marcius dos Reis Resener de Oliveira, na tarde de sexta-feira (5), em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Segundo a criança de oito anos, filho do ex-casal, Marcius apareceu na frente do colégio, encapuzado e, ao ver mãe e filho indo embora, atirou contra ela. Aline tentou ainda abraçar o filho para protegê-lo dos disparos. Bastante alterado, o criminoso puxou a criança e, antes de fugir com ele, retornou para garantir que Aline não iria resistir, atirando dessa vez na cabeça. Os dois brigavam na Justiça pela guarda da criança.
Marcius foi preso horas depois de praticar o crime pela Polícia Militar. Segundo o 14° BPM (Bangu), agentes localizaram o homem, que estava tentando fugir para a favela do Rebu, em Senador Camará. A criança também foi resgatada e está sob os cuidados da família materna. Marcius vai passar por audiência de custódia nos próximos dias.
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