No momento do pouso, o instrutor de voo perdeu o controle e atingiu a mulher que caminhava na orla da praia Reprodução / Redes sociais

Rio - Aliny Nazar, de 46 anos, foi atingida por um parapente, na tarde do último domingo (7), enquanto caminhava na orla de São Conrado, na Zona Sul. Os bombeiros do Quartel da Gávea foram acionados às 12h e realizaram os primeiros atendimentos no local. A vítima foi encaminhada para o Hospital Copa D'Or e recebeu alta nesta segunda-feira (8).
O acidente aconteceu na Avenida Prefeito Mendes de Moraes e imagens flagraram o momento. Perto do pouso, o instrutor de voo, que não foi identificado, perdeu o controle, invadiu a calçada e atropelou Aline.
O DIA apurou que o instrutor era iniciante e, por isso, cometeu erros técnicos no momento do pouso. 
O Diretor Operacional de Segurança dos Voos de São Conrado, Bruno Menescal, explicou sobre as possíveis falhas do acidente e disse que existem medidas preventivas para que esse tipo de episódio não ocorra. "A área de pouso é sensível, pois fica ao lado de uma ciclovia e de um calçadão. Temos duas placas informativas, como medida protetiva, para alertar essas pessoas", disse Bruno.
Além disso, o diretor alertou que esse acidente teve consequências, mas que eles estavam preparados para atender rapidamente a vítima. "A gente sabe que quando um instrutor, a 40 km/h, colide com um corpo humano, a vítima pode sofrer danos físicos, como aconteceu, infelizmente, neste domingo. Após o acidente, nós prestamos o atendimento imediato. Tem uma guarnição do Corpo de Bombeiros aqui ao lado e existe uma comunicação direta com o clube, através de rádio", concluiu.
A professora aposentada Regina Baptista, de 66 anos, mora há 22 anos no bairro e tem o costume de passear na orla de São Conrado. Ela relatou que nunca pensou na possibilidade de um pedestre ser atingido por um parapente, mas agora está com receio de caminhar nas proximidades.
"Eu vi o vídeo e fiquei muito assustada. Eu caminho sempre e também pedalo, mas nunca vi isso acontecer. Já tiveram outros acidentes com parapente e asa-delta, mas de pegar pessoas nas calçadas, nunca vi isso. Parece que realmente machucou a moça, teve que fazer uma cirurgia no ombro, pontos na cabeça. Fiquei muito assustada. Eu estou até com medo, agora, de ir até o final (da orla). Eu acho que, depois do que aconteceu, eles vão ter que tomar cuidado. Nunca tive medo e nem pensei nisso, porque nunca vi isso acontecer.", comentou.
Regina também disse que a área de pouso tem sinalização e os moradores costumam respeitar. "As pessoas de São Conrado já sabem. Na parte da areia, onde desce o asa-delta, tem uma marcação. Já os parapentes descem na grama. Todos já sabem e respeitam. Agora, (pousar) na calçada, eu nunca tinha visto.  É óbvio que o instrutor não fez de propósito, mas pode acontecer de ter esse descontrole. É muito sério. Nunca tive medo e nem pensei nisso, porque nunca vi isso acontecer", contou.