Bar Popeye está localizado na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, Zona Sul do RioArquivo / Pedro Ivo / Agência O Dia

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Rio - O empresário Milton Caruso de Freitas, sócio do Bar Popeye, localizado em Ipanema, na Zona Sul do Rio, foi indiciado pelo crime de homofobia. A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) investigava o homem após receber uma denúncia de que ele teria proibido a permanência de um casal gay no estabelecimento em setembro do ano passado.
O caso aconteceu no feriado do Dia da Independência em 2022. O designer Fernando Pimentel e o seu marido, Rafael Monteagudo, afirmam ter vivenciado um episódio de homofobia no local. Segundo o designer, o atendimento a eles foi negado por Milton apenas por serem gays, enquanto casais héteros continuavam sendo atendidos.
De acordo com o depoimento das vítimas e de testemunhas, o empresário teria dito "Não vou vender chope para gays no meu bar", "Não quero gays no meu bar" e "Não quero vocês no meu bar". Durante as investigações, outras pessoas alegaram que também foram vítimas de preconceito no estabelecimento.
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O casal Fernando Pimentel (casaco) e Raphael Monteagudo (camisa preta) denunciaram Milton Caruso por homofobia - Arquivo / Pedro Ivo / Agência O Dia
O empresário Milton Caruso foi indiciado pelo crime de homofobia após investigação da Decradi. - Arquivo / Pedro Ivo / Agência O Dia
Bar Popeye está localizado na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, Zona Sul do Rio - Arquivo / Pedro Ivo / Agência O Dia
Milton nega as acusações. Segundo ele, o que ocorreu foi um desentendimento por parte de Fernando, que não aceitou as condições para ser atendido no bar. Ainda de acordo com o relato do empresário, o designer teria se alterado, tentando justificar a falta de atendimento: "Do nada, ele começou a gritar 'o senhor só não está vendendo para mim porque eu sou gay, Só está atendendo os bolsominions', e começou a dar o show dele, então eu falei para ninguém responder ele e ficamos quietos".
Milton assumiu também que haviam outros gays no local e que estavam sendo atendidos normalmente, já que, segundo ele, não há como saber quem é gay e isso não é um motivo para não atender uma pessoa.
O indiciamento foi enviado ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) no dia 28 de abril. Até esta quarta-feira (17), o empresário não foi denunciado. Segundo o órgão, o inquérito ainda se encontra em análise na 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada da Capital.