Disque Denúncia divulga cartaz para obter informações de envolvidos em 'pega' que matou mulher em Caxias
Cristiane Muniz dos Reis, de 45 anos, foi vítima de um atropelamento, que deixou outras seis pessoas feridas, incluindo duas crianças, no Parque Capivari
Disque Denúncia pede informações sobre envolvidos em pega que matou Cristiane Muniz dos Reis em Caxias - Reprodução
Disque Denúncia pede informações sobre envolvidos em pega que matou Cristiane Muniz dos Reis em CaxiasReprodução
Rio - O Disque Denúncia divulgou na noite de terça-feira (30) o cartaz para recolher informações que ajudem a elucidar o crime que culminou com a morte de Cristiane Muniz dos Reis, de 45 anos. Ela foi vítima de um atropelamento, que deixou outras seis pessoas feridas, incluindo duas crianças, no Parque Capivari, bairro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no último dia 21. Cristiane estava perto da portaria da casa de eventos Haras do Soares naquele domingo, onde estavam sendo realizados shows de forró. A suspeita da polícia é de que dois motoristas realizavam um 'pega' na região. Eles fugiram sem prestar socorro.
Dentre as vítimas, Cristiane Muniz dos Reis, morreu na hora. Ela estava com a tia, Maria Eudocia Muniz da Silva, 72 anos, que foi socorrida pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Caxias, junto com mais três vítimas. Segundo familiares, o grupo estava próximo ao estacionamento do haras, a caminho da portaria do evento.
O crime aconteceu por volta de 20h30 na Rua Marques de Barbacena. O delegado titular da 61ª DP (Xerém), Alexandre Ziehe, destaca que a rua, que é larga e de terra batida, não conta com câmeras de segurança e por isso ele pede o apoio da população, para que contribuam com o trabalho da polícia com qualquer informação relativa ao caso.
"A gente precisou fazer a divulgação ao Disque Denúncia porque o local tem poucas câmeras e pouca visibilidade. A pista é de terra, apesar de ser larga, por isso não é favorável a esse tipo de prática criminosa (pega). Precisamos de apoio para chegar ao motorista que cometeu o atropelamento", conta o delegado.
Cristiane e a tia Maria Eudocia tentavam pedir um carro de aplicativo para irem embora do evento. Após sucessivos cancelamentos, decidiram andar até o portão do local para tentar novamente conseguir um veículo. Nesse meio tempo, enquanto estavam na metade do caminho, dois veículos em alta velocidade passaram por elas e as atropelaram.
A sobrinha morreu na hora, enquanto a tia foi lançada a cerca de seis metros e caiu com a cabeça em uma poça de lama, sendo socorrida por um rapaz que estava com duas amigas mais à frente. Os três também foram atingidos pelo veículo, mas o homem teve apenas escoriações e conseguiu ajudar as amigas e a idosa.
O filho de Maria Eudocia conta que a mãe está internada com a saúde estável. "Infelizmente, minha prima não sobreviveu. Ela era meu xodó. Minha mãe e minha tia foram vítimas de inconsequentes. Vamos pedir a Deus que tudo dê certo e não façam mais vítimas", afirmou.
Outra vítima, Valdineia Costa, 41, ainda aguarda no Hospital Adão Pereira Nunes, em Caxias, para passar por cirurgia nas duas pernas. Ela é manicure e pediu ajuda aos amigos por meio de redes sociais porque é autônoma.
"Estou precisando de ajuda. Trabalho por conta própria. Não tenho como trabalhar tão cedo. Ainda não fui operada. Estou aqui desde o da 21. Só lembro que estava no evento. O motorista de aplicativo chegou e fui à frente. Mas, eu ainda estava perto da portaria, quando o carro me pegou e acordei no hospital. Nem lembro o carro. Desmaiei, bati a cabeça e vou ter que operar as duas pernas", conta.
O caso foi registrado na 61ªDP (Xerém) como lesão corporal culposa. Segundo a Polícia Civil, as investigações estão em andamento para esclarecer os fatos.
No mesmo momento, um carroceiro se envolveu em um acidente com um outro veículo na rua em frente à casa de shows. Duas crianças ficaram feridas e foram encaminhadas à mesma unidade de saúde.
As denúncias ao Disque Denúncia são anônimas e podem ser feitas pelos telefones (21) 2253-1177, que também conta com WhatsApp; 0300 253 1177; e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ.