Raquelle Medeiros, de 1 ano e 10 meses, morreu nesta segunda-feira (29) após uma broncoaspiraçãoReprodução
Corpo de bebê que morreu por broncoaspiração é sepultado em Magé
Laudo descartou que Raquelle Medeiros dos Santos Machado, de 1 ano e dez meses, sofreu violência sexual. Morte foi causada por asfixia mecânica
Rio - O corpo da bebê Raquelle Medeiros dos Santos Machado, de 1 ano e dez meses, foi sepultado na manhã desta quinta-feira (1°), no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Magé, na Baixada Fluminense. A despedida contou com a presença dos pais e de familiares da bebê, que morreu por asfixia mecânica, na última segunda-feira (29), após dar entrada em parada cardiorrespiratória na Unidade Pré-Hospitalar (UPH) do Pilar, em Duque de Caxias.
De acordo com a Polícia Civil, Raquelle sofreu uma broncoaspiração de líquido brancacento. A declaração de óbito já havia apontado que a bebê tentou vomitar, mas não conseguiu, e a secreção ficou alojada no pulmão, a matando sufocada. A menina chegou a ser reanimada no UPH, mas não resistiu.
Inicialmente, havia suspeita de que Raquelle teria sofrido violência sexual, depois que a equipe médica da unidade encontrou hematomas e equimoses no corpo dela e a presença de um preservativo no lençol em que a criança estava enrolada. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada e conduziu a mãe, Jéssica Medeiros, 19, para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, que a liberou logo após a oitiva.
Segundo a mãe, a menina teve uma crise de bronquite e chegou a ser levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Lote XV, em Belford Roxo, mas não foi atendida. Jéssica explicou ainda que os hematomas foram provocados pela tentativa de seu padrasto de reanimar a bebê em casa. Já o preservativo foi escondido no lençol pelas crianças que estavam na residência, sem que ela visse.
Ao DIA, a família afirmou que vai processar a equipe médica da Unidade Pré-Hospitalar, após a suspeita de violência sexual. Segundo Beatriz Medeiros, prima da mãe de Raquelle, ela vem sofrendo ameaças de morte e linchamento de moradores de Belford Roxo, onde vive. Enfermeiras também teriam ofendido Jéssica. Com medo das agressões, a mulher tem ficada na casa de parentes, sob efeito de remédios.
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